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A Central de Transplantes do Piauí realizou na tarde desta sexta-feira, dia 28, a 7ª Caminhada de Conscientização de Doação de Órgãos. A caminhada, que aconteceu na Avenida Raul Lopes, zona leste de Teresina, teve como objetivo chamar a atenção da população para a importância da doação de órgãos no Piauí, uma vez que é significativo o número de pessoas que ainda esperam uma doação para continuar vivendo. Para a coordenadora da Central de Transplantes do Piauí, Patrícia Helen Figueiredo, é preciso que a sociedade se sensibilize e participe do movimento. “Para ser doador basta comunicar a família. Doar órgãos é salvar vidas”, disse a coordenadora. Segundo a Assistente Social da Central de Transplantes, Cassandra Poty, a falta de orientação da vontade do possível doador ainda é o maior entrave para a doação. “Como as pessoas acabam não comunicando a família o seu interesse, deixamos de salvar muitas vidas. Esse é o maior empecilho uma vez que muitas pessoas se dizem doadoras, mas esquecem de deixar a família consciente disso”, explica. Desde junho Daniele Lima, de oito anos, já não freqüenta as aulas. Ela precisa com urgência de uma doação de córnea. “Os médicos dizem que o caso da minha filha é urgente. Ela já não pode esperar. Por isso essa caminhada é importante para sensibilizar as famílias a salvar vidas”, diz Maria Alzinete Alves, mãe da garota. É o caso também da dona de casa, Raimunda Nunes, de 40 anos. Ela está na fila de espera por um rim há seis meses, realizando hemodiálise frequentemente. ”A caminhada e muito importante para nós que estamos precisando de órgãos. Espero que as pessoas de bom coração possam se solidarizar”, diz. A Central de Transplantes do Piauí tem 1.033 pacientes na fila de espera por um órgão. Desde 2000, o Piauí realizou 581 transplantes e recebeu 180 doações de órgãos. Neste ano a Central já recebeu 22 doações.