Durante a gravidez, algumas mulheres ficam vulneráveis à pré-eclâmpsia: hipertensão arterial que pode aparecer, geralmente, a partir da 20ª semana de gestação. De acordo com o Ministério da Saúde, a pré-eclâmpsia é a primeira causa de morte materna no Brasil. No Piauí, em 2013, seis mulheres vieram a óbito por conta de complicações por eclâmpsia. O problema pode evoluir de pré-eclâmpsia para eclâmpsia quando ocorre um descontrole da pressão arterial, colocando em risco a vida da mãe e a do bebê.

Dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), registrados até abril deste ano, dão conta de que oito mulheres já vieram a óbito, sendo que três delas foram vítimas de eclâmpsia e o restante por infecções e outras causas. Uma oficina para cerca de 300 profissionais, dentre médicos e enfermeiros, será realizada no próximo dia 28, para tratar sobre acolhimento e classificação de risco da gestante.   

A coordenadora de Atenção à Saúde da Mulher da Sesapi, Alzenir Moura Fé, explica que o problema é muito comum, principalmente, durante a primeira gravidez. "É um problema que pode ser evitado. Para isso, é preciso que as mulheres fiquem atentas e possam acompanhar bem o pré-natal. Em todas as consultas deve-se aferir a pressão arterial, ficar atenta a algum sintoma, como dor de cabeça, a perna muito inchada ao levantar, enfim, outros sintomas que os profissionais de saúde do pré-natal vão orientar para evitar esse problema", explicou.

Além de comparecer a todas as consultas do pré-natal, a coordenadora Alzenir Moura Fé orienta as gestantes a manter bons hábitos alimentares para evitar a pré-eclampsia e outras complicações que podem surgir durante a gestação. "A gravidez saudável depende de uma boa alimentação à base de frutas, legumes, proteínas, redução das frituras, das gorduras e do açúcar; usar o sal de forma comedida e, principalmente, evitar álcool, drogas e o cigarro, além de manter o exercício físico prazeroso”, pontuou.

Todas essas informações são repassadas por profissionais da Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) ao público que busca os serviços de pré-natal. Lá, os profissionais de saúde oferecem atendimento integral às gestantes, como acesso ao pré-natal de alto, médio e baixo risco, acesso rápido aos resultados, vinculação ao local onde será realizado o parto, além de orientar as mulheres sobre saúde sexual e prevenção das doenças sexualmente transmissíveis.
 

Por Adrianno Magno