Nas últimas décadas, a prevalência de obesidade aumentou de forma considerável em todos os países do mundo. Os dados do Ministério da Saúde demonstraram que o conjunto da população adulta das 27 capitais, no período de 2006 a 2014, passou de 15% para 17,9% o índice de obesos e um total de 52,5% da população está com excesso de peso.

Em Teresina, 48% da população têm excesso de peso e 15% é obesa. Diante desses índices, o Ministério da Saúde desenvolve diversas ações e estratégias para o enfrentamento do cenário epidemiológico que se configura no Brasil.

No Piauí, a Secretaria de Estado da Saúde organiza a linha de cuidados que inicia pela atenção básica (prevenção e orientação), média complexidade (onde são feitos exames e encaminhamentos), visando diminuir o número de pacientes que chegarão à alta complexidade (cirurgia bariátrica).

Como suporte para o desenvolvimento do plano, técnicos da Secretaria reuniram-se com a representante da Coordenação Geral de Atenção a Pessoas com Doenças Crônicas do Ministério da Saúde, Rejane Soares. “A obesidade é uma doença crônica. Epidemiologicamente falando estamos passando por uma transição. O Brasil está migrando das doenças transmissíveis, que é uma característica dos países menos desenvolvidos, para as doenças crônicas. Também porque a população está vivendo mais. Então, quando se vive mais a propensão a ter doenças crônicas é maior”, disse Rejane.

“A linha de cuidado da obesidade estabelece um pacto entre os diversos atores dos pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde estabelecendo fluxos de referência para assistir o usuário com excesso de peso e obesidade no SUS. A adesão dos municípios ao plano é a parte mais importante, porque são eles os responsáveis pela atenção básica, então ele tem que se responsabilizar pela saúde dos seus munícipes”, declarou a gerente de Atenção à Saúde da Secretaria, Luciana Sena.  

Depois de concluído, o plano de ação será submetido à aprovação das Comissões Intergestores (CIR e CIB) e segue para a implantação nos Territórios de Desenvolvimento do Estado.

Por Samara Augusta