Gestação segura, criança sem sífilis: é com este slogan que o Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) da Maternidade Dona Evangelina Rosa (Mder) realiza no próximo dia 25 de outubro, o Dia de Combate à Sífilis. A proposta é mobilizar gestantes e profissionais de saúde sobre a importância da detecção e do tratamento da doença durante o pré-natal.

De acordo com a coordenadora no NHE, Elizabeth Gonçalves, a importância da data é a conscientização, e que a informação é fator decisivo no combate à doença. O foco é detectar precocemente a doença no início do pré-natal e encaminhar tanto a gestante como o parceiro para imediato tratamento com penicilina.

A ação é realizada em consonância com o Ministério da Saúde que lançou ação nacional de combate à doença no último dia 20/10. Durante o lançamento, o Governo Federal, 19 associações e conselhos de saúde assinaram uma carta compromisso estabelecendo ações estratégicas para a redução da sífilis congênita no país com prazo previsto de um ano. O incentivo à realização do pré-natal precoce no primeiro trimestre da gestação; a ampliação do diagnóstico por meio de testes rápidos; o tratamento oportuno para a gestante e seu parceiro; e o incentivo à administração de penicilina benzatina (único medicamento seguro e eficaz na prevenção da sífilis congênita) são ações que serão incentivadas.

A detecção da sífilis, de acordo com o Ministério, é feita atualmente no Brasil por meio de testes rápidos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). No caso das gestantes, a indicação da realização do teste rápido ocorre já na primeira consulta do pré-natal – daí a importância de conscientizar mães e parceiros a iniciar o acompanhamento no primeiro trimestre da gravidez.

Dados
De acordo o último boletim epidemiológico, referentes aos anos de 2014 e 2015, a sífilis em gestantes teve aumento de 20,9%; e a sífilis congênita (em bebês), de 19%. Em 2015, foram notificados 65.878 casos de sífilis adquirida no país. Com relação à sífilis congênita em 2015, foram registrados 19.228 casos – uma taxa de incidência de 6,5 para cada mil nascidos vivos.

No Piauí, foram 441 casos de sífilis congênita e até o início de julho de 2017, 186 casos notificados.

Com informações do Ministério da Saúde

Por Astrid Lages