Em uma semana de ação, o programa Piauí Livre da Hanseníase diagnosticou 110 novos casos da doença nos municípios de Teresina, Parnaíba e Floriano. Os casos foram notificados entre os dias 23 a 28 de outubro, durante ação que envolveu a Secretaria de Estado da Saúde, Ministério da Saúde, a Organização Pan-Americana de Saúde(OPAS), além da Organização Mundial de Saúde(OMS) e o Movimento Morhan. Ao todo, foram realizados 506 atendimentos e capacitados mais de 1.400 profissionais de saúde.

Os pacientes diagnosticados já foram encaminhados à rede para tratamento, é o que afirma a supervisora de Controle à Hanseníase, Eliracema Alves. “Todos eles iniciaram o tratamento, que pode ser feito entre 6 a 12 meses, de acordo com o diagnóstico. O tratamento é gratuito, pelo SUS, nos 224 municípios do Estado”, afirma.

A ação integra o Brasil Livre da Hanseníase, que realizou, além do atendimento aos usuários, capacitação de profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, e ainda os agentes comunitários de saúde. Cinco equipes de especialistas capacitaram 500 profissionais de nível superior e mais de 900 agentes comunitários de saúde, naqueles três municípios: Parnaíba, Teresina e Floriano.

“Encerrada essa primeira etapa, os profissionais estão aptos a dar continuidade aos trabalhos, especialmente aqueles casos de contatos”, explica Eliracema, enfatizando que dos 110 casos diagnosticados, 12 eram de menores de 15 anos de idade, “o que mostra que existem adultos com a doença e não estão sendo tratados. Um desses pacientes já estava com grau de incapacidade física, em nível um”, alerta.

O diagnóstico precoce no adulto evita a contaminação de crianças. “Ao diagnosticar a hanseníase nessas crianças, fazemos a busca ativa na família, acompanhando, orientando e avaliando os casos e evitando novos contágios”, esclarece a supervisora.

A ação Brasil Livre da Hanseníase deve continuar em 2018 e 2019, contemplando um ciclo de três anos de projeto.

Hanseníase
A supervisora explica que a hanseníase é uma doença que atinge primeiramente os nervos, e em seguida, de forma tardia, as manchas. Essas manchas podem ser de coloração amarronzada ou rósea, são indolores, ou seja, não doem. Essas manchas têm diminuição de sensibilidade, são dormentes e que se não forem tratadas em tempo certo, precocemente, elas podem evoluir com incapacidades, deformidades. 

A hanseníase tem cura. O tratamento pode ser de 6 meses a 12 meses, de acordo com o diagnóstico. O tratamento é gratuito, pelo SUS, nos 224 municípios do Estado.

Por Graciene Nazareno