A Secretaria de Estado da Saúde atua em duas direções para garantir a assistência de pacientes com cardiopatia congênita: uma, é o suporte àqueles atendimentos em outros Estados, que são feitos pela Central Nacional de Regulação em Alta Complexidade(CNRAC),  garantindo passagens áreas e custeio para as despesas do paciente e acompanhante, por meio do Tratamento Fora de Domicílio(TF); e outra é a realização dos procedimentos cirúrgicos no Piauí. 

Nos procedimentos no Estado, o ano de 2017 foi um marco importante para quatro crianças que tiverem seus atendimentos realizados em Teresina, no primeiro mutirão de cirurgias de cardiopatia congênita, numa parceria entre a Secretaria de Saúde e a rede privada do Piauí e do Pernambuco. Os quatro pequenos pacientes realizaram os procedimentos, dentre 13 que passaram por triagem.

Quem se prepara para viajar nos próximos dias é Tuany Costa, gestante com 35 semanas e que o feto já fora diagnosticado com cardiopatia congênita. Ela esteve nesta tarde de segunda, 11, na Secretaria de Saúde, juntamente com o esposo, para reservar as passagens áreas, dela e de seu acompanhante, já que a consulta está agendada para a próxima quarta, 13, em Brasília, tanto para um médico obstetra como para um cardiopediatra, nos Hospitais Santa Maria e o do Coração do Brasil. 

Por conta de uma liminar, inicialmente era previsto que o atendimento fosse realizado em um hospital em São Paulo, entre dois citados na decisão judicial. No entanto, pela recusa de um deles e do outro exigir uma avaliação prévia para posterior orçamento, mesmo sem a disponibilidade de equipe médica para atender a paciente, a Secretaria, em comum acordo com a família, agendou os procedimentos para Brasília. “Quando a gente chegava aqui(na Secretaria), a informação era que estavam aguardando as repostas dos hospitais, que estavam demorando a dar esse orçamento, inclusive um, de imediato, recusou. O outro, eles mandaram um e-mail dizendo que precisariam fazer uma avaliação prévia, que teria procurar a equipe médica para ter essa avaliação, para depois, fazer um possível orçamento”, relata.

Agora, com o agendamento feito para os hospitais de Brasília, “e para lá ficou mais fácil, em relação à consulta, o hospital, tudo ficou mais fácil”, diz a gestante, “a gente está bem mais aliviada. Estamos felizes. Sabemos que vamos iniciar outra etapa, que é a cirurgia do bebê”, afirma Tuany.

Tuany deve iniciar o tratamento do Luiz Guilherme, que está previsto para nascer em janeiro, logo após a consulta inicial.  Com o agendamento para Brasília, a paciente fará a finalização do pré-natal numa rede hospitalar, que atende tanto a gestante, como deve acompanhar o bebê, logo após o nascimento, para avaliação e posterior agendamento do procedimento cirúrgico. 

Por Graciene Nazareno