Cirurgia neurológica que antes era realizada em outros estados foi realizada no Hospital Getúlio Vargas (HGV) com sucesso. O procedimento foi possível através do Serviço de Hemodinâmica do HGV que está tratando aneurismas complexas, com resultado de excelência como o caso da paciente Maria das Dores da Silva Passos, 55 anos, que foi operada no dia 26 de abril e teve alta hospitalar na quinta-feira (3).

 

D. Maria das Dores tinha um aneurisma gigante, no topo da artéria basilar, principal artéria do tronco cerebral que é a estrutura que nos mantém acordados. “Qualquer lesão nessa artéria, leva o paciente ao coma e com uma vida vegetativa e depois ao óbito”, explica o neurocirurgião Arquimedes Cavalcante, coordenador da neurocirurgia do HGV.

 

Segundo Arquimedes, os casos que eram operados com tratamento convencional (cirurgia aberta), a maioria ficava com muitas seqüelas. “Era comum decidir com a família e a equipe médica apenas acompanhar o caso e deixar seguir a história natural da doença, geralmente o paciente vinha a óbito”, explica o neurocirurgião.

 

Ele diz que antes do HGV iniciar o Serviço de Hemodinâmica, alguns pacientes eram encaminhamos para tratamento fora de domicílio, em São Paulo, com custos elevados para o Sistema Único de Saúde (SUS). “Agora com o Serviço de Hemodinâmica moderno, esses pacientes são todos tratados em Teresina, com resultados de excelência como o caso de D. Maria das Dores. Um Tratamento de alto custo,  mas oferecido gratuitamente para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS)”, destaca o médico.

 

Arquimedes explica ainda que, depois que o HGV passou a ser gerenciado pela Fundação Hospitalar, os processos de trabalho melhoraram e possibilitou  uma maior resolutividade nos casos neurológicos.

 

“Pacientes que aguardavam há dois anos por uma cirurgia neurológica estão sendo chamados. Isso vem acontecendo devido à Gestão da Clínica, que está permitindo uma otimização dos processos de trabalho, uma rotatividade maior dos leitos e, consequentemente, maior agilidade no atendimento”, destaca o coordenador da Neurocirurgia do HGV.

 

Por Fátima Oliveira