O governador Wellington Dias visitou, neste sábado (22), as obras do Centro Especializado de Reabilitação (CER), em Parnaíba, que está em fase de finalização, com mais de 80% concluídas. Estiveram presentes a deputada federal Rejane Dias e os secretários de Saúde, Florentino Neto, e de Inclusão da Pessoa com Deficiência, Mauro Eduardo Cardoso.

O Centro será a primeira unidade no território da Planície Litorânea a oferecer os serviços em quatro modalidades de reabilitação: deficiência física, visual, intelectual e auditiva, com capacidade de atendendimento para mais de 60 mil pessoas, decentralizando os serviços e gerando uma maior qualidade na saúde.

O secretário Mauro Eduardo falou sobre a fase de conclusão da obra. “Estamos na fase final, vamos para a parte de acabamentos; estamos também na fase de licitação para aquisição dos equipamentos para que, até o final do ano, possamos entregar essa importante obra para as pessoas com deficiência que residem aqui na Planície Litorânea. De acordo com dados do IBGE, teremos, aproximadamente, 700 atendimentos por mês”, ressaltou.

A entrega do CER IV irá desafogar os atendimentos do CEIR de Teresina, que recebe demanda de todo o Estado e, segundo dados do IBGE de 2000, nos 11 municípios da Planície Litorânea, há aproximadamente 60 mil pessoas com algum tipo de deficiência. Estas se deslocam a Teresina ou a qualquer outro grande centro para fazer reabilitação. Com a inauguração desse importante instrumento de reabilitação até o final do ano, as pessoas com deficiência da região serão assistidas.

O secretário Florentino Neto destacou a importância dos Centros de Reabilitação para o Estado e reiterou o avanço nas construções dos Centros de São João do Piauí e Floriano. “Temos em Teresina o CEIR, que foi implantado pelo governador Wellington Dias e representa toda uma luta da deputada Rejane Dias, sendo um exemplo quando se fala em reabilitação no Estado do Piauí para o Nordeste. Essa rede tem que ser ampliada e é isso que o governo está fazendo nesse momento. Estamos terminando de construir o Centro de Reabilitação de Parnaíba, o Centro de Reabilitação de São João do Piauí está em estágio avançado na execução da obra, estamos com um imóvel já cedido para a Secretaria de Saúde para implantarmos um Centro de Reabilitação em Floriano e dessa forma vamos levando para todo o Estado esse modelo de reabilitação, que possibilita que as pessoas possam ser incluídas na sociedade, que elas possam ter seus direitos assegurados e assim tenhamos essa rede de proteção da pessoa com deficiência”, disse Florentino Neto.

Com a entrega dessa obra para a população da região norte, o Piauí terá uma melhora significativa no que diz respeito à reabilitação das pessoas que residem na Planície Litorânea. A previsão é de que haja, no CER IV, serviços de fonoaudiologia, assistência social e fisioterapia.

A deputada federal Rejane Dias frisou sua satisfação por ver o Centro de Reabilitação se tornando realidade. “Estou muito feliz de ter colocado emenda para construção desse Centro de Reabilitação nessa parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde e da Secretaria Para Inclusão da Pessoa com Deficiência, que têm ajudado na concretização desse sonho para a população de Parnaíba e região. Acabamos de visitar a obra, que já está 83% executada, agora todo o esforço do Governo do Estado e nosso é de entregar ainda esse ano essa obra, que é muito desejada pelas pessoas com deficiência e seus familiares”, disse.

O chefe do executivo explica que o objetivo do CER IV é descentralizar o atendimento das pessoas com deficiência, sendo referência na região. “Parnaíba é polo para o norte do Piauí, mas também para uma parte do Ceará e Maranhão, é uma região que congrega uma população de 600 mil pessoas e há a necessidade de termos um cuidado todo especial também na área da saúde. Este é um complexo de reabilitação, que vai oferecer condições de atendermos pessoas das mais diferentes deficiências, ou seja, estamos descentralizando o atendimento. O objetivo é facilitar vida das pessoas que precisam de um tratamento permanente, que às vezes precisa se mudar para outra cidade para fazê-lo. A obra está avançada, já estamos com o recurso na conta, é uma parceria entre o Estado e o Governo Federal e espero que possamos retomar um cronograma que permita entregar ainda este ano”, explica.

O governador visitou ainda, juntamente com o secretário de Cultura Fábio Novo, as obras de revitalização de um dos principais pontos turísticos do estado, o Complexo Porto das Barcas. O projeto contempla instalação de ateliê, livraria, restaurante e parque das ruínas, que funcionarão no local. O complexo também ganhará novos projetos de iluminação e sinalização, que além de valorizar a arquitetura, também facilitará a orientação e visitação turística.

Os gestores conversaram com os trabalhadores que estão executando as obras, visitaram as lojas de artesanato, que também estão inclusas nos reparos. No local onde será construído um píer para embarque e desembarque de embarcações e as ruínas que preservam algumas características coloniais, onde será construído um museu, o valor estimado de toda a obra é de aproximadamente R$ 8 milhões.

"Dividimos o Porto das Barcas em três blocos: A, B e C, no qual já está 75% pronto. Os blocos A e B contemplam as 28 lojinhas, no qual 16 já estão entregues e o Museu do Mar, que estava totalmente em ruínas já está 70% pronto. Essa é uma obra desejada há 30 anos, é uma obra de restauração que, em um ritmo normal levaria 10 anos, em dois anos e meio já fizemos 75%. A previsão de entrega é para final do ano. Uma das obras de recuperação do patrimônio histórico mais importante do Nordeste", destacou o secretário Fábio Novo. 

O governador finalizou a agenda visitando as obras do prédio do Grupo Escolar Miranda Osório, que será transformado em uma moderna escola de idiomas e empreendedorismo social. O prédio secular já abrigou o Ginásio Parnaibano, a Faculdade de Direito da Universidade Estadual do Piauí e o Juizado Especial Cível e Criminal (JECC/Anexo Uespi). Atualmente, encontra-se em ruínas e teve que ser desocupado por conta do risco de colapso de toda a estrutura.

 

Autoria: Aline Medeiros e Marília Andrade