Mesmo sem motivos para alarme, a secretaria estadual de Saúde está adotando medidas preventivas providências no sentido de preparar o sistema de saúde para diagnosticar e tratar casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a conhecida pneumonia asiática ou atípica. “Desde que surgiu essa possibilidade da pneumonia asiática chegar ao Piauí, estamos tomando várias providências, como por exemplo, a abertura de leitos na UTI do HDIC, estamos também providenciando equipamento, materiais e insumos necessários, e temos ainda realizado reuniões e treinamento com os técnicos da Sesapi e médicos do HDIC, que inclusive já estiveram em Brasília. Dessa forma, a população deve ficar tranqüila porque estamos nos preparando para vencer essa batalha contra a pneumonia asiática”, afirma a secretário Nazareno.
Em caráter emergencial, o secretário já determinou que todos os equipamentos de UTI que estavam nos hospitais do interior sem utilização fossem encaminhados para o Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela (HDIC), no sentido de dar apoio à estruturação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Muitos desses equipamentos ainda estavam embalados, sem nunca terem sido usados.
Também já foram destinados seis leitos de apartamentos individuais e dois leitos da Terapia Intensiva para tratamento da doença, mas a perspectiva, segundo o assessor técnico da Sesapi, Bruno Figueiredo, é que, no máximo em três semanas, os outros seis leitos de UTI existente no instituto sejam adaptados para o tratamento dos casos de pneumonia asiática.
Uma outra medida adotada pela Sesapi foi a criação de um grupo de trabalho em SRAG, que visa estudar as providências necessárias para o controle e prevenção da doença. Ele é formado pelo coordenador técnico da Sesapi, Bruno Figueiredo, que é especialista em pneumologia, a coordenadora Epidemiológica da Sesapi, Adriana Sávia Souza Araújo, e membros do Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, como o diretor-geral Carlos Henrique Nery Costa, o diretor de Vigilância Epidemiológica, José Roberto Melo Cruz, a diretora técnica, Diana Marisa Barros da Silva, a coordenadora de Serviços aos Pacientes Externos, Dorcas Lamounier, que também é do serviço de atendimento pediátrico, e a enfermeira-chefe, Maria Helena Rodrigues da Silva, e pelo coordenador de Terapia Intensiva, Kelson Nobre Veras.
Esse grupo irá fará um trabalho que visa esclarecer os profissionais de saúde como identificar os casos suspeitos da doença, diagnosticar a pneumonia e encaminhar os casos confirmados para tratamento. “Esse grupo será encarregado de preparar o sistema de saúde para receber o paciente com sintomas da pneumonia asiática”, afirma Bruno.