O ambulatório do Hospital Getúlio Vargas, o maior do Estado, vem aumentando significativamente o número de atendimentos nos últimos meses. Para se ter uma idéia, no mês de junho, o número de atendimentos do ambulatório aumentou em cerca de 48% em relação ao mês de janeiro deste ano. Se em janeiro deste ano o número de pacientes atendidos pelo ambulatório era de 11.114, em junho esse número pulou para 16.504. De acordo com a diretora do ambulatório, Maria de Fátima Oliveira, o hospital é um dos mais importantes para a Saúde no Estado, já que é o único a oferecer todas as especialidades médicas pelo Sistema Único de Saúde, SUS. “Temos todas as especialidades médicas necessárias para o funcionamento de um ambulatório completo, como psicologia, nutrição, fisioterapia, odontologia e serviço social”, destaca a diretora. Ela explica que o crescimento considerável no número de atendimentos ambulatoriais é conseqüência da reativação de vários serviços que estavam desativados. “Muitos serviços estavam desativados, mas agora estamos reativando-os todos. Um exemplo é o setor de Fisioterapia, em que no mês de janeiro nós atendíamos no máximo 300 pacientes e em junho esse número passou para 1.555. Temos exemplos ainda do atendimento no setor de Psicologia, que em janeiro atendíamos seis pacientes e em junho já atendemos 72 pacientes”, ressalta Maria de Fátima. Outro fator que possibilitou esse crescimento agregado a uma maior qualidade de serviços por parte do ambulatório do HGV, diz respeito ao número de consultas médicas. “Nós conseguimos dobrar o número dessas consultas. Se antes os médicos atendiam sete pessoas por dia, hoje esse número subiu para quinze”, garante a diretora. A explicação para isso está na humanização do atendimento, que é a prioridade da diretoria do ambulatório do HGV. “Só poderíamos garantir esse aumento no número de atendimentos se garantíssemos aos nossos médicos uma melhor condição de trabalho e é isso que estamos fazendo. Assim que recebemos o ambulatório no começo do ano nós passamos a realizar pequenas reformas, que mesmo sem grandes recursos fizeram a diferença. São reformas que vão desde a recuperação dos banheiros que estavam desativados, até a reforma de consultórios, enfermarias, recuperação de material hospitalar e móveis. Ainda colocamos ventiladores e bebedouros pela recepção do hospital e garantimos uma limpeza mais cuidadosa nas suas dependências”, cita a diretora. Além dessas ações, o ambulatório do HGV ainda sofrerá novas melhorias. Uma delas diz respeito ao setor de fisioterapia, em que os novos equipamentos estão passando pelo processo licitatório. “Além disso, temos agora um ambulatório de epilepsia, o que é totalmente inédito, já que é o único do Estado. Isso em parceria com os alunos da UFPI. A nossa meta ainda é que até o final do ano consigamos reformar o prédio para garantir que sejam feitas no ambulatório do HGV as pequenas cirurgias urológicas já que por determinação do SUS elas não são mais autorizadas dentro dos hospitais. Outro objetivo é que o ambulatório passe a contar com um setor que cuide exclusivamente de curativos de queimados já que muitos pacientes não podem ter alta do HGV porque não têm como fazer os curativos”, explica Maria de Fátima. Paralelo a todas essas melhorias, os funcionários do ambulatório ainda vêm recebendo treinamentos para melhor atender a população. “Nossa prioridade é com a humanização no atendimento ambulatorial. Com isso já fizemos treinamento com os nossos porteiros, que são os primeiros que recebem a população quando ela procura os nossos serviços. Agora vamos começar um novo curso de qualificação com os nossos atendentes e técnicos de enfermagem. A nossa meta é que todos que trabalham aqui possam receber esse tipo de treinamento. Em breve ainda iremos implantar uma farda e um crachá para podermos identificar todos os nossos funcionários”, destaca a diretora. A explicação para os cuidados redobrados a partir de agora com o ambulatório do HGV é encontrada na importância do seu trabalho para a comunidade. “O ambulatório é a porta de entrada de tudo o que acontece no HGV. Todos os exames precisam passar por lá. É por isso que estamos priorizando a melhoria dos nossos serviços e isso pôde ser constatado através da iniciativa da Secretaria Estadual de Saúde e do próprio Governo do Estado que estão dando o valor que o ambulatório realmente merece. Pela primeira vez nós estamos tendo uma diretoria para o ambulatório, já que antes existia apenas o cargo de Chefe de Serviços”, ressalta a diretora, que durante doze anos ocupou o cargo de chefe de serviços do ambulatório do HGV.