O maior hospital do Piauí completa, nessa terça-feira, 63 anos de idade. A data será comemorada com uma missa de ação de graças e um bolo gigante que será oferecido aos funcionários e pacientes do hospital.
Atualmente, o HGV faz uma média de 1.317 cirurgias mensais, número bem elevado quando se considera a capacidade física instalada do hospital e a complexidade destas operações. Somente no mês de março, foram realizadas 131 neurocirurgias.
Segundo o ex-diretor do órgão, Francisco Ramos, poucos hospitais ou talvez nenhum do porte do HGV no Brasil ou fora dele alcancem esta cifra. O Pronto-socorro realiza cerca de 250 a 300 atendimentos diários e o Ambulatório chega a mil atendimentos por dia. São pacientes oriundos de todos os municípios do Piauí e dos Estados do Maranhão, Ceará, Tocantins, Pará e até do Distrito Federal.
No mês passado foram realizados 7.845 atendimentos mensais no Pronto-Socorro, com 876 internações e 494 cirurgias. E no ano de 2003, o HGV bateu o recorde, foram 173.084 atendimentos ambulatoriais; 15.806 cirurgias e 134.467 exames complementares.
Segundo a diretora geral, Joana Zélia Arcoverde, isso acontece devido o alto grau de resolutividade e qualidade do atendimento prestado pelo HGV, o que o torna referência para o meio norte do país.
Nova realidade
Já no primeiro ano da administração no Governo Wellington Dias, O Hospital Getúlio Vargas sofreu mudanças significativas. Nesse período, o atendimento no maior hospital público do Estado duplicou. Somente no Ambulatório o número de pacientes passou de 9 mil no ano de 2002 para 22 mil atendimentos mensais em 2003.
O HGV possui um taxa de ocupação hospitalar de 72,28%, um índice de mortalidade institucional dos mais baixos do país de apenas 2,27% e uma taxa de infecção hospitalar de 5,20%. De acordo com o Relatório de Indicadores de Produção e Produtividade do HGV, somente no período de janeiro a dezembro de 2003, foram realizadas 15.806 cirurgias; 173.084 atendimentos no Ambulatório e cerca de 134.467 exames complementares.
O HGV possui 11 Clínicas em diversas especialidades, num total de 15.943 internações. Na Clínica Médica foram realizadas 791 internações; Na Cirúrgica 2.185; Na Ortopédica 1.297; cerca de 854 na Neurológica; 1.145 na Ginecológica; 523 na Pneumologia; 911 na Urológica; 1.735 na Oftalmológica; 68 na dermatológica; A Nefrológica está desativada para reforma. A Otorrinololaringologia teve uma taxa de permanência de 1,96 por dia.
Segundo o diretor administrativo, Carlos Henrique, as dificuldades financeiras que o hospital enfrenta são muitas, “mas apesar disso, temos conseguido manter a qualidade dos serviços e ainda duplicar a oferta de serviços”, declarou.
Ele acrescenta que além da oferta de serviços, a direção ainda conseguiu concluir a primeira etapa da reforma e a segunda etapa será entregue agora em maio, inclusive a Clínica de Nefrologia.
O HGV também tem dado importante contribuição na área social, empregando, atualmente, 1850 servidores, entre efetivos e prestadores de serviço, sendo cerca de 480 prestadores de serviço de nível médio e elementar, e cerca de 150 prestadores de serviço de nível superior. O hospital dispõe de aproximadamente 270 médicos, preparados para atender as mais diferentes especialidades.
Depois de 63 anos de existência, o HGV continua sendo referência na assistência à saúde para todo Estado e também para Estados vizinhos, como o Maranhão, Pará, Tocantins e Ceará. Além disso, continua prestando assistência médica a todos aqueles que buscam alívio para seus males, em especial aos mais carentes que não dispõe de outras alternativas. “Muitas vezes, seus limites de atendimento são ultrapassados, sua capacidade física é extrapolada, porém, jamais a capacidade humana e fraterna de seus colaboradores deixa de se fazer presente para com aqueles que o procuram”, afirma a coordenadora de recursos humanos do HGV, Luciana Campos Leódido Gomes.
Desde o ano passado, o hospital agora conta com uma nova direção, formada pela diretora-geral, Joana Zélia Arcoverde, pelo diretor-administrativo, Carlos Henrique Mendes da Rocha, pelo diretor-clínico, Salustiano Moura Júnior, pela diretora do Pronto-Socorro, Joselda Duarte, e pela Chefe da Divisão de Enfermagem, Francisca Cortês Prado. A nova diretora-geral do HGV marcará a história como a primeira mulher a assumir o cargo, depois de, praticamente, 62 anos de fundação do HGV.
HISTÓRICO
O Hospital Getúlio Vargas foi fundado no governo do médico Leônidas Melo, no dia 03 de maio de 1941. Com essa iniciativa, ele procurava resolver, de maneira eficaz, os problemas de saúde da população de Teresina. A responsabilidade do planejamento, planta e execução do edifício, considerado marco da paisagem arquitetônica de Teresina, ficou a cargo do engenheiro Cícero Ferraz Martins de Sousa.
Com a inauguração do Hospital Getúlio Vargas criou-se a faculdade de medicina passando o hospital a servir de maneira contributiva como laboratório para formação de novos profissionais da área de saúde, oferecendo estágios nas mais diversas áreas, tanto ligadas à medicina como a outros setores, como advocacia, administração, serviço social e nutrição.
Dra. Joana Zélia
A médica pediatra Joana Zélia Arcoverde de Castro, que é a primeira mulher a ocupar o cargo, é formada pela Universidade Federal do Piauí possui pós-graduação em Saúde Pública e mestrado em Políticas Públicas. Joana é médica do Hospital Getúlio Vargas, como lotação no SPA, além disso, também é professora da Universidade Federal do Piauí, lotada no Departamento de Medicina Comunitária, onde ministra a disciplina de Administração de Serviços de Saúde.
Na Secretaria Estadual de Saúde Joana Zélia foi Diretora da Divisão Materno Infantil, Diretora do Departamento de Ações básicas de Saúde e Departamento de Vigilância e Atenção à Saúde. A diretora-geral do HGV também já trabalhou na Fundação Municipal de Saúde como Diretora do Hospital do Buenos Aires. Ela é piauiense, mãe de três filhos e avó de dois netos.