O Relatório de Atendimento por Motivo/Causa do mês de abril do Hospital Getulio Vargas mostra que dos 8.074 atendimentos realizados durante o mês no Pronto-Socorro do HGV, 50% dos pacientes poderiam ter sido atendidos em hospitais da periferia em nível de atenção básica para poder desafogar o HGV, que é um hospital para atender casos de alta complexidade e referência para todo o Estado. Segundo a diretora geral do HGV, Joana Zélia Arcoverde, 285 pessoas foram atendidas devido ter sentido uma simples dor de cabeça; 411 com dor abdominal;142 com dor de ouvido, 124 com dor na perna; 136 com dor no olho;101 com febre; 69 com vômitos e cerca de 3.012 atendimentos foram por mal súbito. Joana Zélia explica que o órgão é referência para atender casos de urgência e emergência e realizar procedimentos de alta complexidade e os procedimentos básicos devem ser encaminhados para outros hospitais que fazem parte da rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo ela, o modelo assistencial do SUS é instituído pela Lei Orgânica 8.080/90, é descentralizado e hierarquizado por nível de complexidade crescente. “Este modelo, assim organizado visa justamente o cumprimento dos princípios doutrinários do SUS que são universalidade, integralidade e equidade da assistência. O não cumprimento do atendimento de urgência em serviços da rede de saúde de estados vizinhos ocasiona a superlotação dos serviços do Pronto-Socorro do HGV, superando em muito a sua capacidade de oferta e prejudicando o atendimento aos pacientes mais graves com maior risco de vida”, declarou Joana Zélia. O Relatório aponta também um atendimento crescente por acidentes de motocicletas, cerca de 303 casos; e por quedas, um total de 843 atendimentos. Além de 542 atendimentos por corpo estranho no ouvido, garganta e nariz. Também foram registrados 158 atendimentos por agressão com arma branca e de fogo. O tratamento odontológico no HGV também é uma referência, no mês de abril foram 871 atendimentos.