Foi realizada hoje, na Câmara Municipal de Teresina, uma audiência pública que discutiu a questão do Programa de Medicamentos Excepcionais no Estado. A audiência contou com a presença do secretário estadual da Saúde, Bruno Figueiredo, que fez uma exposição sobre o assunto para os vereadores e demais participantes da audiência. Segundo o secretário Bruno Figueiredo, a situação do Piauí em relação ao programa de medicamentos excepcionais não é diferente da enfrentada pelos demais estados do país. “É preciso que fique claro que, hoje, o estado do Piauí não vive uma situação diferente dos outros estados. Também se faz necessário ressaltar que o Estado é o gerente deste programa e não o financiador”, destacou o secretário. O secretário ressaltou que o programa é do Governo Federal, que envia 80% do que é gasto com os medicamentos excepcionais e o estado entra com uma contrapartida de 20%. “São gastos cerca de R$ 1 milhão por mês com estes medicamentos. No entanto, como o preço do medicamento é calculado pelo que é vendido em São Paulo, o que acontece é que a secretaria, na maioria das vezes, tem que arcar com 50%, 60% e até mesmo 80%”, disse. De acordo com o secretário, a situação é grave e “a nossa idéia é que o Ministério da Saúde assuma todo o programa, assim como é feito com os medicamentos para os portadores de HIV. Se isso fosse feito evitaria essa situação e poderíamos investir em outros programas”, explica. Neste sentido, Bruno Figueiredo afirmou que algumas providências já estão sendo tomadas. “Nos próximos dias 9 e 10 de julho os secretários de saúde do país irão se reunir no Rio Grande do Sul para discutir essa questão. A reunião contará inclusive com a presença do Ministro Nelson Jobim”, ressaltou. Segundo o gerente da assistência farmacêutica da Secretaria da Saúde, José Vilmore, atualmente existem cerca de 3400 pacientes cadastrados no Programa de Medicamentos Excepcionais no estado.