O mês de junho chegou e com ele as festas juninas. Os adultos e, principalmente as crianças, gostam de brincar com fogos. Um risco, que segundo o médico da Unidade de Queimados do Hospital Getúlio Vargas, Carmelo Macedo, é bom evitar. Segundo ele, no mês de junho, as queimaduras por fogos de artifícios aumentam em 50%. Macedo argumenta que deveria ser proibido soltar foguetes, “a não ser fosse feito por profissionais”, esclarece. Segundo ele,os pais querem agradar os filhos, sem saber os riscos que estão correndo. “A melhor maneira é prevenir a queimadura do que tratar a queimadura”. Ele explica que geralmente com as queimaduras por fogos de artifícios, bombas e foguetes, o resultado é a perda de membros superiores, principalmente as mãos. “A queimadura quando não deixa seqüela orgânica, deixa seqüela psicológica”, comenta. Macedo disse que existem três tipos de queimaduras, as de 1°, 2° e 3° graus. A queimadura de 1° grau é a que mais dói, pois queima somente a pele superficialmente. As de 2° grau são aquelas que formam bolhas na pele e são acarretadas por água e vapores quentes. A de 3° grau não cria bolhas, queima toda a pele(derme e epiderme) e as terminações nervosas, por isso são indolores. Os fogos de artifícios podem acarretar até queimaduras de 3° grau. “Além do risco de perder membros”, adverte Macedo. Segundo ele, o ideal é nessa época, os pais comprarem somente aqueles fogos que não provocam explosões como o traque. Macedo esclarece que o melhor é prevenir não somente durante o mês de junho, mas todo o tempo. Em residências que possuem crianças, é importante evitar que a criança fique na cozinha durante a preparação de alimentos; o cabo da panela deve sempre ser virado para o lado da parede para evitar que vire; o gás deixar sempre com o registro desligado; álcool em casa somente em gel; e quando for limpar eletrodoméstico é necessário desligar.