Um ano depois de ser reconhecido pelo Ministério da Saúde como Hospital Amigo da Criança, o Hospital Regional Josefina Getirana Neta se prepara para um novo desafio: concorrer ao Prêmio Galba de Araújo, do Ministério da Saúde.
Criado em 1990, o Prêmio reconhece e premia as unidades de saúde integradas à rede SUS que desenvolvem e se destacam na humanização do atendimento á mulher e ao recém-nascido, estimulam o parto normal e aleitamento materno.
A cada edição são escolhidas cinco instituições que recebem certificado, placa comemorativa e R$ 30 mil em dinheiro para incrementar as ações em favor do parto humanizado. Podem participar todas as unidades, públicas ou privadas, ligadas à rede SUS.
Para concorrer ao Galba de Araújo, o hospital deve se enquadrar em vários requisitos básicos. Além de ser integrante da rede SUS, o hospital deve apresentar taxa média mensal de cesárea, no 2º semestre de 2003, igual ou inferior à estabelecida para a maternidade; ter Comissão de Controle de Infecção Hospitalar; permitir a realização de parto de baixo risco por enfermeira(o) (para as instituições que tenham profissionais capacitados para tal); e permitir a presença de acompanhante no pré-parto, parto e puerpério.
Na avaliação, o Ministério da Saúde irá observar a qualidade do atendimento (acolhimento e práticas obstétricas humanizadas); inovações visando à humanização do atendimento; organização institucional; satisfação da usuária. Para tanto, cada estabelecimento será avaliado por, no mínimo, dois representantes da comissão julgadora que, mediante instrumento próprio para este fim, atribuirá a pontuação adequada ao estabelecimento.
Para a diretora do Hospital Josefina Getirana Neta, a instituição já respeitava praticamente todos os requisitos básicos para concorrer ao prêmio. “Fizemos pequenas alterações como prevê o regulamento, mas praticamente todos os requisitos nós já seguíamos. As alterações foram apenas duas. A primeira se refere à garantia do parto normal e sem dor. Nós já implantamos isso nos finais de semana. Também garantimos uma melhor acomodação para os acompanhantes dos pacientes”, explica Neuma Barroso.
Para garantir algumas melhorias e a concorrência forte do Getirana Neta ao Prêmio, a Secretaria Estadual da Saúde repassou R$ 10 mil para as pequenas reformas, vestindo a camisa do Hospital. “Em pouco mais de um ano o hospital de Pedro II provou que com engajamento, vontade e competência pode-se mudar uma realidade adversa. O Getirana hoje é um Hospital Amigo da Criança, reconhecido e aplaudido pelo Ministério da Saúde. Acreditamos no potencial desse como de todos os hospitais do Estado e acompanhamos de perto”, destaca o secretário Estadual da Saúde, Bruno Figueiredo.
A diretora do Hospital ressalta que acredita na seleção e vitória do Hospital. “Nós temos consciência de que damos o melhor atendimento possível para a região. Estamos sempre melhorando. Agora implantamos a massagem para diminuir o desconforto das gestantes e melhoramos em alguns setores a estrutura do hospital. A sala de parto, por exemplo, já está refrigerada”, diz Neuma.
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Diversos são os fatores que fazem a diferença no Hospital Josefina Getirana Neta. Desde o momento em que a mulher recebe o resultado de gravidez, ela começa a receber todos os cuidados do hospital. Além de fazer um pré-natal completo, com direito a acompanhamento de nutricionista, pediatra, obstetra.
Desde o jardineiro até a equipe médica e administrativa do hospital receberam treinamento e capacitação visando à humanização. Durante o pré-natal, a gestante faz as consultas básicas e de rotina, assiste às palestras, tem suplementação alimentar diariamente, tratamento dentário, faz ultra-sonografia e todos os outros exames e ainda recebe medicamentos. “Quando ela recebe o resultado positivo do exame de gravidez, a nova mamãe já sai do hospital com a consulta marcada. Durante o pré-natal ela também sai do hospital com todos os exames marcados e se por acaso ela perder uma dessas consultas, o Hospital procura saber o que está acontecendo para resolver o problema”, garante a diretora Neuma Barroso.
Além da reforma em toda estrutura do hospital e a humanização durante a gravidez, a mãe e a criança também podem contar com um atendimento especial durante e depois do parto. “Assim que o parto é realizado, a mãe tem imediato alojamento em conjunto. Antes disso ela já tem recebido total orientação sobre aleitamento materno e de como cuidar do seu filho. Nós do hospital cuidamos dessa criança desde que está concebida no útero da mãe, até que ele faça seis anos de idade”, destaca a diretora.
O resultado dessa mudança de postura no atendimento é a redução sensível nos casos de internação infantil. “Hoje em Pedro II mais mulheres amamentam seus filhos exclusivamente ao peito. Com isso, nós já conseguimos reduzir em 40% as internações por diarréia, pneumonia e outras doenças que eram comuns na região. Além disso, esse foi o primeiro hospital da região a implantar o teste do pezinho”, diz Neuma Barroso.