Quatro novos casos de malária Vivax foram detectados hoje pela Coordenação Estadual de Epidemiologia da Secretaria Estadual da Saúde no município de Campo Largo, que fica na região de Barras.
Segundo a coordenadora de Epidemiologia da Secretaria, Maria Amélia de Oliveira, no início de fevereiro foram constatados dois casos importados de malária concentrados em três assentamentos do Incra.
Atualmente, segundo a coordenadora, já são 18 casos confirmados e “a secretaria estadual da Saúde já está tomando as devidas providências, sendo que já foram feitas borrifação do local, coleta de material e trabalhos na área de diagnóstico e tratamento da doença”, diz Amélia.
Além disso, a secretaria irá fazer um inquérito hemoscópico de toda a área para levantamento situacional de busca de doentes, “uma vez que podem existir mais doentes no município”, comenta Amélia.
Vale ressaltar que o secretário estadual da Saúde, Bruno Figueiredo, já autorizou a instalação de um laboratório no município para que a análise das lâminas seja feita no próprio local pelo Núcleo de Pesquisas da Universidade Federal do Piauí. “Também vamos deslocar técnicos da coordenação central de epidemiologia e o pessoal da Regional de Saúde de Barras (os guardas de endemias) para passar um período de 10 dias no município para acompanhar a real situação”, ressaltou.
A DOENÇA
De acordo com Amélia, o plasmodium vivax causa um tipo de malária mais branda, raramente mortal, no entanto mais complicada de ser tratada. “Isso acontece porque o plasmodium vivax se aloja por mais tempo no fígado, dificultando a medicação, mas o Plasmodium vivax não costuma ser tão agressivo - enquanto o P. falciparum ataca entre 2% e 25% do total de hemácias quando está na corrente sangüínea, o P. vivax não atinge mais que 1%”, destaca.
Segundo ela, dentre os sintomas da doença estão mal-estar, dores de cabeça e febre ligeira que com o tempo podem evoluir para febre entre 39 e 40oC, que se repete de dois em dois dias com presença de suor intenso e dores musculares.