Aconteceu hoje o primeiro repasse do Fundo Nacional de Saúde para o Fundo Estadual de Saúde. A operação é inédita e concretiza a Gestão Plena Estadual em Saúde pela Secretária Estadual da Saúde do Piauí. O valor do primeiro repasse é de R$ 5,5 milhões e será destinado ao pagamento de AIHs (internações) e SIAs (procedimentos ambulatoriais).
De acordo com o secretário estadual da Saúde, Bruno Figueiredo, essa é uma conquista histórica para o Piauí. “Desde outubro do ano passado que o Piauí luta para ser gestor pleno em Saúde. Passamos por várias etapas antes de conseguir isso. Adequamos todo nosso sistema e preparamos a nossa equipe. É realmente uma grande conquista’, diz o secretário.
Ele explica que a partir de agora, o Fundo Nacional de Saúde, que antes repassava os recursos diretamente para os hospitais conveniados com o SUS, vai repassar para o Fundo Estadual da Saúde, ou seja, a Secretaria Estadual da Saúde é quem vai ficar responsável pela alocação dos recursos. “Antes a Secretaria praticamente não era envolvida. Agora nós vamos ficar responsáveis pelo repasse desses recursos. O importante é que vamos poder mobilizá-los, já que nós, bem mais que o Ministério da Saúde, sabemos quem precisa mais de dinheiro. Vamos ter a liberdade de repassar mais para quem precisa de mais”, explica Figueiredo.
Além disso, a Gestão Plena vai diminuir a burocracia. “Cerca de 180 hospitais no Estado são conveniados com o SUS e para receber os recursos do Fundo Nacional havia muita burocracia e demora. Agora isso será mais ágil e poderemos beneficiar principalmente os hospitais sedes de módulo, melhorando o atendimento à população e resolvendo problemas que se há muito tempo existiam”, destaca o secretário.
Para dar suporte a Secretaria no que se refere aos procedimentos técnicos, representantes do Fundo Nacional da Saúde e da Unesco estão em Teresina. “Nós viemos dar um suporte e acompanhar a Secretaria nesse primeiro momento. Estamos verificando os arquivos do Data Sus, se os valores recebidos são os mesmos que serão repassados para as unidades e tirando qualquer dúvida”, explica o consultor da Unesco, Gervásio de Sá Barroso.