O lavrador Lourival da Conceição, 36, viúvo, residente na zona rural de Miguel Alves, mostrou-se surpreso, nesta segunda-feira (5), ao se deparar com a transformação das instalações e das condições de atendimento da Clínica Nefrológica do Hospital Getúlio Vargas. "Antes, eu só vinha porque era o jeito“, frisou, acrescentando que as novas instalações estão melhores do que as da clínica particular na qual passou a fazer hemodiálise no período da reforma. A diretora da Clínica Nefrológica do HGV, Celina Castelo Branco, fez uma avaliação positiva do primeiro mês de atendimento nesta nova fase, deixando que os próprios pacientes se manifestassem sobre as melhorias significativas ali introduzidas. Porém, chamou a atenção para as dificuldades em manter essa estrutura, já que o funcionamento é de 24 horas, ininterrupto, também aos sábados, domingos e feriados, sempre com um nefrologista de plantão. O lavrador Lourival da Conceição é um dos seis pacientes crônicos atualmente assistidos pela clínica, além de mais 14, que são submetidos ao exame de hemodiálise três vezes por semana. Um veículo tipo van serve de transporte de ida e volta para todos os pacientes. São 13 máquinas de proporção JMS, poltronas alcochoadas e ar-condicionado. A convivência e a interação chegam a gerar laços afetivos entre atendentes e pacientes. A nefrologista Diana Marisa - plantonista desta segunda-feira - e sua equipe demonstraram que somente a melhoria da estrutura não seria suficiente para que a clínica atingisse o atual grau de resolutividade. Os próprios pacientes, como o Lourival da Conceição, além de Ângela Soraia e Maria Rita Melo, dentre outros, enalteceram o carinho como são atendidos.