Técnicos da Secretaria Estadual de Saúde e do Ministério da Saúde continuam no Município de Campo Largo, investigando os casos de malária, detectada em 68 pessoas. Os números permanecem os mesmos, mas os técnicos estão investigando as causas da doença, em relação a um município tão pequeno. De acordo com a coordenadora de Epidemiologia da Secretaria de Saúde, Maria Amélia Oliveira, existem três tipos de malária: Plasmodium Falciparum, Plasmodium Vivax e Plasmodium Malária. Os casos detectados em pessoas do município de Campo Largo estão inseridos no caso de Plasmodium Vivax, que segundo Amélia Oliveira, não causa danos à saúde. Os sintomas de todos os tipos de malária são praticamente os mesmos, ou seja, febre, cefaléia e dores musculares. O tipo mais grave de malária, segundo Amélia, é o Plasmodium Falcipararum, que se não tratado a tempo, pode evoluir para o que se chama de malária cerebral e pode evoluir ainda, para uma disfunção pulmonar( comprometimento do fígado). A única forma de diagnosticar a doença é através do exame de sangue. Em caso de suspeita, os profissionais de saúde colhem o material que é enviado para o município mais próximo, para ser processado. O resultado do exame é obtido com 24 horas e imediatamente começa o tratamento do paciente. A área geográfica do município de Campo Largo dispõe de todas as condições para o favorecimento e transmissão vetorial. Município está localizado às margens do Rio Parnaíba e próximas a riachos e igarapés, o que favorece a densidade vetorial. Os primeiros casos de malária detectados foram provenientes da Guiana Francesa, com pessoas vindas do garimpo e que migrou para a cidade de Patos, situada a 4 quilômetros do município. A partir daí, a Secretaria Estadual de Saúde resolveu realizar um mapeamento de todo o Estado, para detectar os vetores e sua distribuição espacial. A equipe da Sesapi está sensibilizando os profissionais das localidades vizinhas ao município de Campo Largo, para que fiquem atentos quanto aos primeiros sinais e sintomas da doença. A equipe técnica é composta por médicos, enfermeiros e uma equipe do Programa de Saúde da Família (PSF). (L.M) Mais informações pelo telefone: 216- 3596 (Drª Amélia Oliveira/coordenadora de Epidemiologia)