Teresina fez aniversário ontem e hoje é a vez de um piauiense especial comemorar seu nascimento. Esse ano tudo será diferente. Ele faz 65 anos e encerra um ciclo especial na sua vida. Ex-militar e professor, Rogério Oliveira doa sangue há mais trinta anos. De três em três meses, esse ato de amor e solidariedade era sagrado na vida do seu Rogério. Agora que chegou a idade limite para doar, o aposentado comemorou a data fazendo o que sempre soube que é importante, doando sangue. “Infelizmente não vou poder doar mais. Vou sentir falta de ajudar quem precisa. Sei que é uma forma de fazer a minha parte e sei o quanto é necessário. Desde a primeira vez que doei, em 1963, no Rio de Janeiro que nunca mais parei. De lá para cá me mudei várias vezes e em todas as cidades que eu morava logo procurava o hemocentro para doar sangue. Assim foi em Fortaleza, Recife e Natal”, diz seu Rogério. Piauiense de Parnaíba, seu Rogério sempre foi muito consciente não apenas do que representa a doação de sangue, como também da segurança disso. “Sei que ninguém precisa ter medo. Doar é seguro, muito tranqüilo e traz benefícios também para quem doa. Eu sempre fiz questão de divulgar isso, inclusive para os meus alunos. Muita gente começou a doar por incentivo meu e isso eu vou continuar fazendo”, garante. O incentivo do seu Rogério ainda promete ser exemplo para muita gente. Que o diga o estudante Aristóteles de Souza. Enquanto seu Rogério estava doando pela última vez, o estudante estava atento a cada palavra que o doador exemplar dizia. “Essa é minha primeira doação. Estava ansioso antes de ouvir o que seu Rogério disse. Doar sangue é muito mais tranqüilo do que eu pensava”, garante Aristóteles. Para o estudante, um dos problemas que distancia as pessoas desse ato é a falta de informação. “As pessoas ainda pensam que podem pegar doenças. Me surpreendi com a simplicidade. Além disso, o tratamento no Hemopi é muito bom, tudo muito limpo e organizado. Agora vou doar sempre”, garante Aristóteles. Infelizmente histórias como a do seu Rogério ainda são raras. Apesar do grande crescimento no número de doações de sangue no nosso Estado, o Hemopi ainda sofre com o pouco estoque de sangue. Estudos mostram que se apenas 3% da população brasileira doasse sangue três vezes ao ano, nunca faltaria sangue para quem precisa. É fácil doar. Basta ter a partir de 50 kg, ter idadde entre 18 e 65 anos, estar saudável, alimentado e portar documento de identidade com foto. A doação é segura e não existem riscos de contaminação. Quem doar uma vez não precisa doar sempre se não quiser. O Hemopi também organiza doações coletivas. Serviço: Mais informações e doações na Rua 1º de Maio, 235, próximo Hospital Getúlio Vargas. Telefones: 221-8319 e 221- 8320.