A Secretaria Estadual da Saúde (Sesapi), através da Coordenação de Atenção aos Portadores de Deficiência, com o apoio da Ceid (Coordenadoria Estadual para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência), realizouontem, o I Seminário Estadual de Triagem Neonatal. O curso, que abrangeu profissionais lotados na região da Grande Teresina, que vai até o município de Amarante, foi ealizado no auditório do Real Palace Hotel. À tarde a coordenadora geral da Ceid, Rejane Dias, participou do Seminário.
O teste do pezinho, como é conhecida a Triagem Neonatal, está em vias de ser realizado no Piauí, que ao lado do Amapá e de Roraima eram os únicos estados que não garantiam o teste gratuitamente. “Essa será a oportunidade que teremos para apresentar e discutir a implantação do Programa Nacional de Triagem Neonatal no Piauí e as ações referentes à Triagem Neonatal”, afirma Gardênia Val, coordenadora de Atenção aos Portadores de Deficiência da Sesapi.
A Triagem Neonatal será operacionalizada pelo Laboratório Central (Lacen), que já se encontra dentro das normas técnicas impostas pelo Ministério da Saúde, e está preparado para realizar o teste. “Era inadimissível que o Piauí não atendesse a essa determinação do Ministério da Saúde, já que o teste é obrigatório. Com certeza será um ganho social muito importante para a nossa sociedade”, declarou Rejane Dias.
Através do teste do pezinho podem ser detectadas várias doenças que podem ocasionar futuras deficiências. O resultado do teste deve sair, no máximo, 30 dias para que a prevenção seja feita de forma eficaz. A triagem deve ser realizada a partir do terceiro dia de vida do bebê e é fundamental na detecção de mais de 40 doenças.
Inicialmente, o teste do pezinho irá tender a 1ª fase oferecida pelo Programa Nacional de Triagem Neonatal que detecta a fenilcetonúria e o hipotireoidismo. Na segunda fase pode detectar as hemonoglobinopatias, entre elas, a anemia falciforme e na terceira fase a fibrose cística.
No Brasil são detectados por ano aproximadamente 400 casos de fenilcetonúria, que é uma doença hereditária e congênita, ocasionada por uma deficiência enzimática, que se não for diagnosticada precocemente pode ocasionar deficiência mental irreversível e convulsões.
O hipotireiodismo ocorre com mais freqüência. De cada 10 mil bebês nascidos vivos, um tem a doença. O Piauí tem uma média mensal de quatro mil nascidos vivos. O hipotireoidismo também é hereditário e causado pela falta de uma enzima que impossibilita o organismo de formar o hormônio da tireóide, isso afeta o crescimento e o desenvolvimento de todo o organismo, inclusive o cérebro, sendo a deficiência mental um de suas manifestações mais graves.