Foi prorrogado o encerramento da Campanha Estadual de Vacinação contra a Poliomielite e Sarampo. O encerramento, que estava previsto para acontecer nesta sexta-feira, dia 3, foi prorrogado para o próximo dia 10.
De acordo com a coordenadora de Imunização da Secretaria Estadual da Saúde, Raimunda Damasceno, os municípios têm até o dia 15 deste mês para enviarem os dados da campanha. “O Ministério recebe até o final do mês o relatório sobre a vacinação de todos os estados”, disse.
Segundo a coordenadora, é importante que os pais não deixem de levar suas crianças na faixa etária de 0 a 4 anos aos postos de vacinação. “Todos os 2500 postos de vacinação instalados no Estado continuam abertos e esperando as crianças com idade até 4 anos”, comenta Damasceno.
Números
A 3ª parcial divulgada hoje a tarde pela Secretaria Estadual da Saúde mostra que o número de crianças vacinadas em todo o Estado é de 253.672 crianças de 0 a 4 anos, o que corresponde a 81,01% da meta da campanha, que é vacinar 313.139.
Segundo a coordenadora de Imunização da Sesapi, esta pode não ser a situação real da campanha, uma vez que muitos municípios não ficam alimentando o sitema no prazo determinado.
Na campanha de seguimento contra o sarampo, que abrange as crianças com idade entre 1 e 4 anos, a meta é vacinar 252.797, sendo que os números da parcial mostram que apenas 187.668 foram vacinadas, o que equivale a 74,24% da meta.
Desta forma, a coordenadora apela para que os pais ou responsáveis levem as crianças menores de cinco anos ao posto de vacinação mais próximo para receber as gotinhas que protegem contra a paralisia infantil. As crianças maiores de um ano e menores de cinco também receberão a vacina contra o sarampo.
A vacinação contra a poliomielite, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com secretarias estaduais e municipais de saúde, é importante porque mantém a doença erradicada no Brasil, onde o último caso foi registrado em 1989. Esta estratégia impede, ainda, a importação de casos de nações que ainda têm registros de poliomielite e com as quais o Brasil mantém estreitas relações comerciais e de turismo.
A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, alerta, ainda, que os pais e responsáveis poderão atualizar o cartão de vacinação da criança, caso não tenha recebido vacinas recomendadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Vale ressaltar que as doses contra a pólio e o sarampo serão aplicadas mesmo sem o cartão.
Recurso - O Ministério da Saúde investiu aproximadamente R$ 103,5 milhões, dos quais R$ 87,8 milhões na compra de vacinas (cerca de R$ 10 milhões para as doses contra a pólio e cerca de 77 milhões para as doses da tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba), R$ 11,3 milhões em repasses para as secretarias estaduais de Saúde operacionalizarem a vacinação e aproximadamente R$ 4,5 milhões para a divulgação da campanha.