O Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit) do Ministério da Saúde apresentou, durante a reunião do Comitê Técnico Assessor de Imunizações da Secretaria de Vigilância em Saúde, as seis vacinas prioritárias para desenvolvimento nos próximos três anos: pentavalente (contra difteria, coqueluche, tétano, hepatite B e Haemofilus Influenzae); contra raiva humana e canina em cultura celular; para imunização das meningites B e C; anti-hepatite A e, também, contra leishmaniose canina.
A lista de prioridades foi definida com base em seminários organizados pelo projeto Inovação em Saúde, coordenado pela Fiocruz, em parceria com a coordenação nacional do Programa Nacional de Imunização (PNI). O objetivo do programa, que recebeu o nome de Programa Nacional de Competitividade em Vacinas (Inovacinas), é tornar o Brasil mais competitivo na produção das vacinas.
O Ministério da Saúde destinou R$ 5 milhões, em 2004, para o programa Inovacinas e já sinaliza com a liberação de outros R$ 13 milhões para o período 2005/2006. Os projetos já estão em fase de análise técnica para assinatura dos contratos.
Os recursos do Ministério da Saúde para financiar o programa Inovacinas serão repassados às instituições de Pesquisa e Desenvolvimento pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), conforme definido no acordo de Cooperação Técnica firmado entre os ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia. O acordo, formalizado no dia 9 de setembro, prevê investimentos de R$ 57 milhões do orçamento do Ministério da Saúde que serão destinados a pesquisas científicas que possam melhorar as condições de saúde da população brasileira. Os recursos devem ser integralmente desembolsados ainda neste ano e vão incentivar cerca de 350 projetos de pesquisa. As seis vacinas prioritárias serão desenvolvidas através de uma parceria estratégica entre os laboratórios oficiais: Instituto Butantan (SP), Bio-Manguinhos (Fiocruz/RJ), Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR/PR) e Centro de Pesquisas Gonçalo Muniz (Fiocruz/BA).