O Programa de Saúde e Saneamento Rural do Estado do Piauí chega a sua quarta etapa e deverá aplicar, até o final de 2006, R$ 70 milhões em investimentos em saúde preventida na região do semiárido piauiense. Executado pela Secretaria Estadual da Saúde, o Prosar é financiado pelo banco alemão KFW, através de cooperação financeira com o Ministério da Saúde.
No final de outubro, foi realizada na cidade de Picos uma reunião ampliada de implementação da quarta ação do programa com representantes e multiplicadores das onze localidades que o programa já foi implantado. A educação sanitária das comunidades beneficiadas foi a última etapa de um processo
que começou com a garantia de água tratada, saneamento básico e a capacitação em associativismo, já que no programa é gerido pela própria comunidade.
De acordo com o secretário da Saúde, Bruno Figueiredo, essa é uma das etapas mais importantes do Prosar Piauí. "A oficina ampliada de educação sanitária uma das partes mais importantes do Prosar. Trabalhamos com a oferta de água tratada de qualidade, organização da comunidade através das
associações que vão gerir o programa, já que o Estado será apenas o apoiador ténico. O Prosar tem prazo para acabar, mas deixará uma marca, um modificador cultural que é a questão da educação", explica o secretário.
Na oficina, as pessoas foram treinadas para multiplicar as informações para a prevenção de doenças, através da mudança de hábitos e costumes. " Trabalhamos com as onze comunidades em que estamos efetivamente com obras. Logo em breve elas terão todos os benefícios por isso precisam dessa educação
sanitária visando a prevenção das doenças causadas por água de má qualidade", destaca o coordenador do Prosar no Piauí, José Hamilton Campelo.
De acordo com ele, já foram gastos R$ 4,5 milhões em obras nas onze localidades de sete municípios da região do semiárido: Colônia do Piauí (Marrecas e Mourões), Oeiras (Buriti dos Reis e Malhada Grande), Boicaina (Malhada), Paquetá (Tiradentes), Dom Expedito Lopes (Sitiozinho), Valença (Barrinhas, Taboquinha e Morada Nova) e Ipiranga (São José dos Cocos).
"Marrecas, Mourões e Malhada já estão em fase de conclusão de todas as obras. Essas outras sete estão tendo perfuração de poços, e a implantação da rede de água. Foram perfurados poços que vão dar garantia de água por mais de vinte anos para as comunidades e cada casa vem recebendo um banheiro e a ligação para o abastecimento de água, além de um sistema individual de fossas sépticas", diz Campelo.
Além dessas onze comunidades que já estão com os trabalhos adiantados, mais 27 devem receber os benefícios do programa. Ao todo serão 52.500 mil pessoas da região do semiárido beneficiadas. "Em algumas comunidades ainda estamos trabalhando para a adesão da população. Há um certo atraso
devido a época das eleições. Muitos prefeitos pediram que issoficasse para depois da eleição. Agora vamos começar a ter contato com os novos prefeitos. Até o final de 2006 todas as obras devem estar concluídas", destaca José Hamilton.