O Programa de Saúde e Saneamento Rural do Estado do Piauí (PROSAR) deve aplicar, até o final de 2006, cerca de R$ 70 milhões em investimentos em saúde preventiva na região do semiárido piauiense. O programa, que está em sua quarta etapa, é executado pela Secretaria Estadual da Saúde e financiado pelo banco alemão KFW, através de cooperação financeira com o Ministério da Saúde. Nesta quarta etapa, o Prosar está priorizando atividades de educação sanitária. Vale ressaltar que o programa teve início com a garantia de levar água tratada às localidades, saneamento básico e a capacitação em associativismo, já que no programa é gerido pela própria comunidade. De acordo com o secretário da Saúde, Bruno Figueiredo, essa é uma das etapas mais importantes do Prosar Piauí. "A oficina ampliada de educação sanitária realizada no ano passado é umas das partes mais importante do Prosar. Trabalhamos com a oferta de água tratada de qualidade, organização da comunidade através das associações que vão gerir o programa, já que o Estado será apenas o apoiador técnico. O Prosar tem prazo para acabar, mas deixará uma marca, um modificador cultural que é a questão da educação", explica o secretário. O secretário ressalta que até o final do ano passado o programa tinha investido mais de R$ 4,5 milhões em obras em 11 localidades de sete municípios da região do semiárido: Colônia do Piauí (Marrecas e Mourões), Oeiras (Buriti dos Reis e Malhada Grande), Boicaina (Malhada), Paquetá (Tiradentes), Dom Expedito Lopes (Sitiozinho), Valença (Barrinhas, Taboquinha e Morada Nova) e Ipiranga (São José dos Cocos). Além das onze comunidades que já estão com os trabalhos adiantados, mais 27 devem receber os benefícios do programa. Ao todo serão 52.500 mil pessoas da região do semiárido beneficiadas. "Em algumas comunidades ainda estamos trabalhando para a adesão da população. Agora vamos começar a ter contato com os novos prefeitos. Até o final de 2006 todas as obras devem estar concluídas", destaca o diretor do Prosar no Piauí, José Hamilton. Para o secretário Bruno Figueiredo o maior impacto do Prosar será na saúde da população. "Estamos tratando a questão da saúde como um todo. Isso é uma determinação do governador Wellington Dias. O Prosar vai acabar, mas as pessoas que receberem seus treinamentos vão poder ser multiplicadores e o conhecimento é eterno. Com a água tratada e saneamento básico nós vamos conseguir diminuir substancialmente a incidência de certas doenças nessas comunidades, onde 80% das doenças 30% das mortes têm como causa a falta de água tratada. Isso mostra o quanto o impacto de um programa como esse é grande", avalia.