O Brasil conta com mais de 5 milhões de pessoas portadoras de deficiência auditiva, dos quais 113.294 somente no Piauí, segundo dados do Censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para discutir políticas de atendimento a esse segmento da sociedade, a Comissão Intergestora Bipartite (CIB) de Saúde, que congrega gestores estaduais e municipais do setor, estiveram reunidos, na manhã desta sexta-feira, 1º, no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (Facime), em Teresina. Na oportunidade, foi apresentado o Plano Estadual de Assistência em Alta Complexidade em Otorrinolaringologia, baseado na Portaria 2.073, de 28 de setembro de 2004, do Ministério da Saúde. No documento, estão previstas ações que minimizam os danos da deficiência auditiva no País através dos sistemas de atenção básica, média e alta complexidade. Por meio do Plano, devem ser desenvolvidas estratégias de promoção da qualidade de vida, educação, proteção, recuperação da saúde e prevenção de danos, garantindo a equidade de oportunidades entre os indivíduos. Além disso, deve ser realizado o diagnóstico precoce dos problemas auditivos, através do acompanhamento de pré-natal, com os recém-nascidos, atendimento junto às crianças do Ensino Fundamental, fornecimento de aparelhos auditivos, entre outras ações. Porém, como os hospitais Lineu Araújo e Getúlio Vargas não estão adequados para realizar o pleno atendimento em saúde auditiva, foi pactuado na CIB que o serviço será prestado através de clínicas particulares credenciadas com o Sistema Único de Saúde (SUS). A coordenadora geral para Inclusão da Pessoa Portadora de Deficiência (Ceid), Rejane Dias, participou da reunião e destacou que o Governo do Piauí deve priorizar ações que promovam a dignidade e a cidadania dos piauienses, principalmente entre os que se encontram em situação de vulnerabilidade econômica e social. “A Ceid tem como missão funcionar como órgão articulador de políticas públicas de atendimento às pessoas portadoras de deficiência. Por isso, devemos avançar no atendimento aos portadores de deficiência auditiva, mesmo que este serviço seja realizado através da rede credenciada”, destacou.