Um dos pilares da Reforma Psiquiátrica proposta pelo Ministério da Saúde diz respeito à ampliação da rede de atenção extra-hospitalar. Neste sentido, o Hospital Areolino de Abreu inaugura nesta sexta-feira, às 9h, o Projeto Piloto de Residência Terapêutica. Nele, 18 pacientes do hospital passam a conviver numa residência convencional, com o monitoramento, neste primeiro momento, de profissionais do hospital.
A diretora do Areolino de Abreu, Márcia Astrês, ressalta que o objetivo deste projeto é a ressocialização do portador de transtorno mental. “Este projeto da residência terapêutica visa o resgate da cidadania do paciente, o estímulo à autonomia e a reabilitação psico-social”, diz.
Márcia diz que neste primeiro momento, por ser um projeto piloto, a residência funcionará agregada às dependências do hospital. “Na realidade não pode funcionar dentro do hospital, mas como é uma experiência de transição entre a convivência prolongada, já que tem pacientes com mais de 20 anos no hospital, e a convivência em comunidade”, esclarece a diretora.
Neste sentido, a diretora destaca que o hospital fez adequações ao espaço onde funcionará a residência, sendo que o mesmo contará com acesso externo e independente ao hospital. “Na residência será estimulada a autonomia, sendo que os pacientes cuidarão das suas roupas e das refeições, por exemplo”, cita Márcia, ressaltando que no projeto piloto os pacientes serão monitorados por profissionais do hospital.
Márcia Astrês afirma que o projeto para a construção de três residências terapêuticas já está no Ministério da Saúde e em cerca de dois ou três meses deve ser aprovado. “Daí a necessidade dos pacientes passarem por este período de transição na residência terapêutica montada no hospital”, destaca.
Vale ressaltar que, quando aprovado, o Ministério da Saúde dá um incentivo de R$ 10 mil reais para cada residência e depois que os pacientes estiverem morando nesta casa, cada um receberá um salário mínimo para manter as despesas da mesma.