O desafio de ser o segundo estado do país a aceitar a proposta de avaliar, implantar e adequar a Política Nacional de Humanização, do Ministério da Saúde, começou a ser discutida hoje com representantes de todas as regiões do Piauí. É que até amanhã, técnicos do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual da Saúde, gestores de saúde, diretores da rede estadual, municipal e rede privada, de saúde, representantes de instituições de ensino, de movimentos sociais e de categorias de profissionais da área da saúde estão participando do Seminário Estadual de Humanização da Atenção e da Gestão da Saúde, no Rio Poty Hotel. Na manhã de hoje (quarta-feira) o governador Wellington Dias abriu os trabalhos do seminário dizendo que o Governo do Estado tem como compromisso não apenas implantar a política de humanização, mas também levar a toda população e aos trabalhadores em saúde a necessidade de uma responsabilidade coletiva. “Garantir a humanização é uma obrigação de todos nós. Precisamos preparar os trabalhadores e a própria comunidade para a humanização do sistema da saúde”, ressaltou Wellington Dias. A secretária da Saúde, Tatiana Chaves explicou que a política estadual de humanização garante desde o aparelhamento de hospitais, através da aquisição de novos equipamentos, até a educação permanente dos servidores. “É preciso que as pessoas entendam que o paciente não é apenas um órgão doente, mas antes de tudo uma pessoa, que tem necessidades e é única. É por esse tratamento preventivo e assistencial, mas principalmente humano que estamos lutando”, ressaltou. A partir da sua implantação, a política de humanização enfrenta desafios importantes. Um deles é avançar para as macrorregiões. “Precisamos fazer que essa nova maneira de fazer saúde chegue a todo Estado, atendendo as especificidades de cada hospital e de cada população. As pessoas são únicas e por isso têm necessidades e vêem a vida de forma diferente”, explica José Jackson Sampaio, representante da Coordenação da Política nacional de Humanização, do Ministério da Saúde. Ele destaca que o Piauí já dispõe de um grupo de trabalho de humanização e que uma das principais metas da política é fazer com que os trabalhadores e a comunidade participem do processo como controladores sociais. “Os municípios deverão ter conselhos locais. Tudo isso vai garantir que consigamos acolher e tratar o usuário de forma diferenciada. É com base na democratização e na gestão participativa, com direito a uma equipe ampliada de pesquisa e capacitação permanente dos trabalhadores em saúde, que é feita a política de humanização que já está sendo implantada no Piauí”, argumenta Sampaio. Como resultado do evento que será encerrado amanhã, será elaborado o Plano Diretor de humanização da Atenção e da Gestão, no Estado do Piauí. Amanhã pela manhã, o seminário segue com oficinas e no final da tarde, será realizada a Plenária Final, com a apresentação do resultado das discussões dos grupos de trabalho e de validação das propostas pela plenária.