Crianças com problemas renais poderão ser atendidas pela Clínica Nefrológica do Hospital Getúlio Vargas (HGV). A diretora da clínica, Celina Castelo Branco, informou, nesta terça-feira, 5, que encaminhou projeto ao Programa de Qualificação de Atenção à Saúde do Sistema Único de Saúde (Qualisus) para a viabilização de verbas que possibilitarão a efetivação do serviço. Também, está prevista a criação de uma unidade exclusiva para o atendimento a pacientes renais agudos. Celina Castelo Branco acrescentou que as duas novas unidades poderão melhorar o atendimento, dada a diversidade de pacientes que necessitam de tratamento nefrológico. “Pacientes crônicos, agudos e pediátricos devem ter atendimento diferenciado”, justificou. Ela disse que a realização dos serviços faz parte dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos para melhorar, "ainda mais", a qualidade do atendimento que a clínica presta à sociedade. Atualmente, o Estado não dispõe de um serviço de diálise para crianças, mas a estrutura atual da Clínica Nefrológica torna viável a instalação da unidade. “Nós já temos uma estação de tratamento de água, e isso diminuirá o custo para implantação do serviço pediátrico”, disse ela. A Clínica Nefrológica do HGV trabalha, desde a sua inauguração, integrada ao serviço de pronto-socorro do hospital, bem como com outros hospitais da rede pública. Hoje, a clínica tem capacidade de atender a 72 pacientes em tratamento hemodialítico. Ela ainda oferece programa de diálise peritoneal ambulatorial, faz acompanhamento de pacientes transplantados de rim, e atendimento ambulatorial em nefrologia. De acordo com Celina Castelo Branco, o programa de diálise atende atualmente a 33 pacientes em hemodiálise e quatro em diálise peritoneal ambulatorial. A clinica atende por mês, em média, a 15 pacientes agudos, número que varia de acordo com a demanda. Para a diretora, a inauguração da Clínica Nefrológica do HGV trouxe uma série de melhoria para os pacientes renais. Agora, aqueles que necessitam de atendimento nefrológico, especialmente de diálise, são atendidos dentro do próprio hospital, o que minimizou o sofrimento dos pacientes. Antes da inauguração, a situação era outra. “Mesmo os pacientes em estado grave tinham que ser removidos para clínicas da rede privada conveniadas com o SUS (Sistema Único de Saúde), para que recebessem tratamento hemodialítico”, concluiu Celina Castelo Branco.