Em um ano, o Serviço de Atenção à Vítima de Violência Sexual (SAMVVIS), da Maternidade Dona Evangelina Rosa, notificou 223 casos de agressões. Destes, 126 foram com mulheres na faixa etária de 10 a 19 anos e 86 com vítimas acima de 20 anos. Os dados são do relatório do serviço e mostram ainda que o local mais comum da violência é a residência da vítima ou do agressor e ainda vias públicas. Segundo o relatório, o agressor geralmente é um conhecido da vítima, sendo que as incidências maiores recaem sobre pais, padrastos, primos, tios e vizinhos. Estes e outros dados estarão em discussão nesta quarta-feira, a partir das 8h, no auditório da Maternidade Dona Evangelina Rosa, durante o Fórum sobre a Violência Sexual que acontece no local. De acordo com a coordenadora de Atenção à Saúde da Mulher da Secretaria Estadual da Saúde, Alzeni Moura Fé, o fórum tem também o objetivo de discutir o problema da violência sexual e avaliar o serviço da maternidade, que completou recentemente um ano de existência. “Queremos discutir formas de melhorar cada vez a assistência e a qualidade do atendimento às vítimas de violência sexual”, diz a coordenadora. Na programação do fórum estão discussões sobre os aspectos da violência sexual nas diferentes instituições, o papel da família em relação à vítima de violência sexual e um debate sobre o acolhimento a essas vítimas.