Uma equipe de técnicos da Secretaria Estadual da Saúde (Sesapi), Vigilância Sanitária e Centro de Referência em Saúde do Trabalhador esteve durante a semana passada em Ribeiro Gonçalves acompanhando o caso da possível contaminação de trabalhadores rurais por agrotóxico, que já vitimou três pessoas.
Segundo a coordenadora de Epidemiologia da Sesapi, Amélia Oliveira, durante a visita foi constatado que os trabalhadores do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) não usam nenhum equipamento de proteção individual. “Na investigação, a equipe avaliou que essas pessoas retiram recursos deste programa e fazem pequenos plantios de arroz, só que não usam nenhum equipamento de proteção individual (EPI’s) para agrotóxico”, comenta.
Amélia destaca que a secretária estadual da Saúde, Tatiana Chaves, pediu para que fosse convocada uma reunião, em caráter de urgência, com representantes do Ministério da Agricultura, Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), Vigilâncias Sanitária e Ambiental, Cerest, Promotoria Pública e secretários de saúde de Ribeiro Gonçalves e dos municípios vizinhos para discutir a situação. “E ainda vamos pedir ajuda do Ministério da Saúde no tocante ao setor de agrotóxico para que o mesmo possa realizar treinamento com as pessoas em situação de risco do município”, diz.
Além disso, Amélia ressalta que foi feita a coleta de material de 14 pessoas para pesquisa, inclusive de colinesterose. Os mesmos foram encaminhados no último sábado para o Laboratório Central e os resultados devem sair ainda esta semana.