Servidores estaduais de Valença, Bom Jesus, Paulistana e Uruçuí participam até sábado,4, do curso de Diagnóstico Hemocóspico da Malária, realizado na sede da 7ª Gerência Regional de Saúde em Valença, por profissionais da Secretaria de Saúde do Estado.O curso com carga horária de 92 horas será feito em mais cinco Regionais este ano.
A malária havia sido erradicada na década de 80 e em 2000 reapareceu e houve um surto da doença em 2004 no Piauí com o aparecimento de casos em seis municípios. O coordenador do Programa de Controle da Malária do Estado, Mauro Fernando, explicou que foram casos surgidos na própria localidade, ou seja,
são pessoas que chegam infectadas e como o mosquito existe em todo o Estado, há o aparecimento da doença.
Mauro Fernando informou que o governo está tentando descentralizar as ações de laboratório para mais rápido fazer o diagnostico e o tratamento. O coordenador lembrou que antes são existiam laboratórios nas regionais de Picos, Floriano,Teresina e Parnaíba. “As pessoas tinham que se deslocar para o município mais próximo, o que agravava a situação e infelizmente até ocorriam mortes”.
O coordenador informou que 10 pessoas foram capacitadas para realizar o diagnóstico da malária na regional de Valença e até o final do ano servidores efetivos de cinco regionais de Saúde receberão treinamento. O curso já foi realizado nas gerências da região Norte do Estado.
Febre alta e suadeira durante as tardes são os principais sintomas da malária.O médico Zacarias Delmonte explicou que quando há reincidência da doença, a febre é em dias alternados. Pessoas que chegam das Guianas Francesa e Inglesa, dos Estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso são os maiores portadores da doença provocada por um mosquito ou por transfusão de sangue. “Os garimpeiros são os maiores portadores da doença.” Isso porque a pessoa chega com a malária e infecta o mosquito. O tratamento é feito à base de cloroquina pelas equipes do Programa Saúde da Família.
O auxiliar laboratorista, Pedro Filho, adorou o treinamento por agora saber diagnosticar e encaminhar os casos para as Unidades de Saúde, pois antes tinha poucas informações sobre a malária. “Estou gostando do curso porque é realizado por profissionais que já trabalharam na Amazônia.”
Em breve a 7ª Regional em Valença terá os insumos para diagnosticar casos de malária. A coordenadora Francisca de Sousa Costa disse que após o curso irá adquirir os materiais para instalar o serviço no município.Ela contou que os serviços de inspeção ao mosquito da dengue e ao barbeiro já existem em
Valença. “Começa a melhorar e a ter melhoria nas ações de saúde.”
A coordenadora destacou outros avanços na área de saúde em Valença, como a informatização e humanização no atendimento dos 14 municípios que fazem parte da regional. O próximo passo é a municipalização dos hospitais para descentralizar e melhorar o atendimento nos municípios.