O Piauí deu hoje um passo importante para a implementação da reforma psiquiátrica no Estado. É que foram inauguradas três residências terapêuticas, que irão abrigar 18 pacientes portadores de transtorno mental.
Estes pacientes saem do Hospital Psiquiátrico Areolino de Abreu e passam a conviver em comunidade. Em cada um das residências ficam 6 pacientes, que, com o apoio dos cuidadores, ficam responsáveis pelo desempenho das funções dentro da casa. A maioria deles é formada de pacientes que moravam no hospital há mais de 10 anos, sendo que uns já moravam lá há mais de 20 anos.
O governador Wellington Dias participou da solenidade de inauguração das residências e disse que estava muito feliz por aquele momento, uma vez que marcava a reintegração dos pacientes ao convívio em sociedade. “Essas residências são um marco no sentido de que estamos diante de uma situação bem diferente do passado, quando os pacientes que tinham algum transtorno mental eram excluídos da sociedade, presos e até mesmo mortos”, disse.
A secretária estadual da Saúde, Tatiana Chaves, destacou uma série de avanços no tocante à Política de Atenção à Saúde Mental no Estado. “Nos últimos três anos temos muitos avanços nessa área, como a implantação de 21 Centros de Atenção Psicosocial (CAPS), melhoria das condições do Hospital Areolino de Abreu e Implantação de Unidade Assistencial do Mocambinho aprovado pelo Ministério da Saúde para o tratamento de dependentes químicos”, ressaltou.
Tatiana disse que a residência terapêutica é mais uma passo significativo para a consolidação de um modelo assistencial diferente, que tem como principal eixo a desospitalizaçao do atendimento. “Isso também é reflexo de um processo de humanização que o próprio hospital vem desenvolvendo. Vale ressaltar que os choques elétricos nos pacientes não existem mais e o local onde acontecia isso é hoje um salão de beleza”, afirmou.
A secretária destacou ainda que além das residências terapêuticas, outro programa do Governo Federal passa a funcionar a partir de agora no Estado. Trata-se do “De volta pra casa”, onde cada um desses pacientes passa a contar com um incentivo financeiro no valor de um salário mínimo. “Com esse dinheiro, esses pacientes terão a oportunidade de adquirir seus próprios bens”, frisou.
A coordenadora de Saúde Mental da Secretaria Estadual da Saúde, Edna Castelo Branco, ressaltou que o Estado está conseguindo implementar a reforma psiquiátrica. “Com essas residências estamos dando a oportunidade de transpor o espaço institucional e reinserir esses pacientes na comunidade através de várias atividades que eles passam a desenvolver”, destacou.
Maiores Informações:
Edna Castelo Branco: 9413-8949
Márcia Astrês: 9976-9331