Um médico, um bioquímico, um advogado, um técnico de apoio, todos do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), e mais um técnico do Laboratório Central do Estado (Lacen) visitam municípios produtores de grãos do Sul do Estado. Eles integram o Grupo Força Tarefa e acompanham agricultores que trabalham com agrotóxicos, colhem amostras de sangue e dão orientação quanto ao uso de equipamentos de proteção individual (EPI), em trabalho de rotina que começou na quarta-feira, 10, e vai durar dez dias.
Segundo informações de Jarbas Lima, técnico em Saúde do Trabalhador, do Cerest, a viagem da equipe do órgão é rotineira e tem caráter educativo. Algumas das cidades que estão sendo visitadas são Uruçuí e Baixa Grande do Ribeiro, produtores de soja nos cerrados.
A equipe dá acompanhamento às famílias de agricultores que usam agrotóxicos. “Verificamos se EPIs estão disponíveis, se estão sendo utilizados corretamente, se os agricultores estão armazenando os produtos químicos corretamente, se estão devolvendo as embalagens aos vendedores e se estão trocando os reservatórios contaminados por outros limpos”, explicou Lima.
Acompanhamento total
Os técnicos também dão acompanhamento às famílias que tiveram pessoas contaminadas por agrotóxicos ou que tiveram óbito em casa, embora alguns casos de morte não tenham sido relacionados, comprovadamente, ao uso desses produtos. “É nosso dever acompanhar essas famílias e estamos fazendo isso”, assegurou.
Viagens de inspeção de rotina, como a que está em curso, são feitas a cada 60 ou 90 dias. Nessas ocasiões, também são colhidas amostras de sangue entre os lavradores. Parte dos exames é feita no próprio Lacen e outras em laboratórios de Minas Gerais. As viagens também têm caráter educativo, pois os agricultores recebem todas as informações necessárias para que trabalhem com segurança, mesmo manipulando agrotóxicos.