Depois de Campo Maior, será a vez da macro-região de Esperantina receber o seu Centro Estadual de Reabilitação. Amanhã, a partir das 9h, o governador Wellington Dias, a coordenadora da Ceid (Coordenadoria Estadual para Integração da Pessoa com Deficiência), Rejane Dias e a secretária de Saúde Tatiana Chaves inauguraram o centro, que vai atender uma população de 76.081 pessoas.
Na ocasião o governador ainda entregará a obra da nova Regional de Saúde da cidade e uma ambulância para o Hospital Regional Júlio Hartman. Ao todo, o total de investimentos é de R$ 317.528,18, sendo que R$ 40 mil para a construção do Centro de Reabilitação são provenientes de emenda do deputado federal Simplício Mário.
O Centro, que atenderá também os municípios de Campo Largo, Joaquim Pires, Matias Olímpio, Morro do Chapéu e São João do Arraial, deverá atender cerca de 4.500 pessoas da macro-região que são portadoras de alguma deficiência física. Esses pacientes receberão acompanhamento integral de fisioterapeuta, médico e assistente social. “Nesses seis municípios existem, segundo levantamento já realizado, 4537 pessoas com deficiência física ou com alguma incapacidade ou dificuldade permanente de caminhar”, explica a fisioterapeuta da Coordenação de Atenção à Saúde dos Portadores de Deficiência da Sesapi, Juçara Castro.
Ela explica que o Centro será de grande importância para a macro-região, uma vez que é expressivo o número de pessoas com alguma necessidade especial. “Essa região tem um número bastante considerável de pessoas que precisam desse tipo de atendimento especializado, o que justifica a implantação do serviço”, destaca Juçara.
Ela revela que a implantação da Rede Estadual de Implantação contará com 32 Centros de Reabilitação de primeiro nível de referência intermunicipal, nível intermediário média complexidade em reabilitação e um Centro de Referência em Medicina Física e Reabilitação de Alta Complexidade, que ficará em Teresina. “Os centros de média complexidade contarão com fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, assistente social, médico além de dispensar órteses para os pacientes. Já o de alta complexidade, que deverá ser inaugurado até setembro, além de englobar tudo o que oferece os outros, também dispensará prótese, oferecerá diagnostico, hidroterapia, além de fabricar as órteses e próteses e oferecer outros serviços”, destaca a fisioterapeuta, explicando que a seleção de pessoal bem como o treinamento desses profissionais serão feitos pela AACD.
Até o mês de julho muitos outros centros deverão ser inaugurados no interior do Estado. O Centro de Reabilitação de Picos já está pronto para ser entregue, bem como o de Água Branca e São Pedro. Os centros de José de Freitas, Pedro II, Castelo do Piauí, Buriti dos Lopes, Fronteiras, Jaicós, São João do Piauí e Itaueira estão em fase conclusiva.
Para a secretária de Saúde, Ttaiana Chaves, a inauguração dos Centros de Reabilitação é uma vitória das maiores. “Desde o início esse foi um objetivo perseguido com muito afinco pela coordenadora da Ceid, dona Rejane. Para nós e especialmente para a população esse é um momento de extrema importância já que se trata de um cuidado com os portadores de deficiência que o Piauí até então não tinha. Tudo está devidamente adequado às normas da Anvisa e o Piauí, que é um Estado cujo número de pessoas portadoras de alguma deficiência é expressivo, poderá ter condições de não só de prevenir, já que já estamos oferecendo o Teste do Pezinho e o da Orelhinha, mas também de dar um tratamento integral à nossa população”, explica a secretária.
As estimativas do Ministério da Saúde é que 17,5% da população piauiense possuam algum tipo de deficiência. Dos cinqüenta municípios brasileiros com mais incidentes de PDDs, dez deles estão no Piauí. “A escolha dos municípios que serão sede dos Centros foi feita de forma estratégica para ligar todo o Estado como uma rede. A escolha dos municípios foi baseada no Plano Diretor de Regionalização. O mais importante é que os serviços funcionam como referencia e contra referência, o que facilita o acesso do paciente uma vez que eles terão todos os atendimentos agendados e não ficarão perdidos na rede. Desde o diagnóstico até a assistência ele terá um acompanhamento em todo Estado, mesmo se precisar se locomover de um município para outro. Tudo é programado e todo recurso é garantido para sua reabilitação”, garante Juçara.