O programa de triagem neonatal, conhecido como teste do pezinho, após um ano e meio de implantado no Piauí, chega a 172 municípios distribuídos entre 193 postos de coleta. Isso corresponde a uma cobertura de aproximadamente 70% dos 223 municípios piauienses. Entre os meses de janeiro e agosto deste ano, o Lacen recebeu 21.148 exames, ultrapassando o número de 21.100 contabilizados no ano de 2005.
De acordo com o coordenador do Lacen, Evaldo Hipólito, o exame deve ser feito nos primeiros dias de vida para evitar maiores seqüelas de doenças como a fenilcetonúria e o hipotireoidismo. “Quanto mais cedo diagnosticadas as doenças, maiores as chances de tratamento”, explica, destacando que o teste exige rapidez.
Todo o processo é realizado em seis dias. Em um prazo de dois dias após o material ser recolhido, o Correio entrega no Laboratório Central, que faz a triagem numa média de 48 horas. Em seguida, o resultado é disponibilizado na internet e o resultado impresso é enviado para os municípios. “Temos um sistema que permite que os laudos de nosso laboratório sejam disponibilizados on-line na página do Lacen”, explica.
O Piauí se prepara para implantar, em 2007, a segunda fase do teste do pezinho. Nessa fase é feita a detecção das hemoglobinopatias, cuja doença mais comum é a anemia falsiforme. Neste ano de 2006 o Laboratório Central (Lacen) recebeu uma média de 2.643 exames mensais.
Em 2005, foram detectados oito casos de hipotireoidismo congênito e nenhum caso de fenilcetonúria. Em 2006, já foram detectados seis casos de hipotireoidismo congênito e um caso de fenilcetonúria.
Os casos positivos são encaminhados para acompanhamento e tratamento no Hospital Infantil Lucídio Portela. Esses números não incluem Teresina, que concentra cerca de 1/3 da população, pois na capital o responsável pela realização do exame é o município.