Ampla programação foi realizada ontem, no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi), em comemoração ao Dia Mundial da Hemofilia. Apresentação artística, sorteio de brindes, orientações com profissionais da área de saúde fizeram parte dessa programação, que encerrou com lanche. O objetivo do evento é promover maior integração entre os hemofílicos e chamar a atenção da sociedade para a luta desse público, que precisa de doações para ter melhor qualidade de vida.
No Piauí, os hemofílicos conseguiram algumas conquistas, dentre elas uma casa que, no momento, está em situação precária e precisa de reforma. A Associação dos Hemofílicos do Estado também precisa ser incluída em lei federal como entidade filantrópica. Este reconhecimento ajudará a entidade a receber doações de empresas que terão abatimento no Imposto de Renda. A associação está incluída na lei municipal e estadual, mas falta apoio político para ser incluída na lei federal.
A Associação dos Hemofílicos necessita de doação de alimentos, de material de limpeza e de construção para dar melhor atendimento aos hemofílicos da capital e do interior do Estado. O presidente dessa associação, Alberto Castelo Branco, convoca os hemofílicos a participarem das atividades da entidade, para juntos lutarem por novas conquistas.
No momento, pelo menos 160 hemofílicos estão cadastrados no Hemopi, onde recebem atendimento médico, odontológico, psicológico, de fisioterapêutas, enfermeiros e assistentes sociais. A medicação necessária no dia-a-dia também é fornecida pela Hemopi, disse a supervisora de Atendimento ao Hemofílico no Hemopi, Ana Elzira Dantas.
A maioria dos hemofílicos atendidos no Hemopi tem o perfil de baixa renda e de escolaridade. Pelo menos 47% deles moram no interior do Piauí e de estados vizinhos. A hemofilia, patologia hemorágica hereditária pode atingir os dois sexos, mas só se manifesta no homem, caracterizada por sangramentos articulares freqüentes.