Ainda é pequeno o número de pessoas vacinadas contra a Hepatite B no Piauí. Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde até o mês de julho/2006, somente 46,57% da população com menos de 20 anos pode ser considerada imune à doença.
“Precisamos mudar esse quadro, as pessoas precisam se mobilizar para a prevenção da Hepatite B e dar mais importância à gravidade dessa doença”, afirma a coordenadora estadual de imunização, Raimunda Damasceno.
A vacina contra a hepatite é permanente, ou seja, está na rotina da população. O Piauí possui cerca de 450 postos para o atendimento das dosagens. Em Teresina, a vacina pode ser encontrada em hospitais como Lineu Araújo, Hospital Universitário, Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella, Hospital Infantil, entre outros.
Mais de 50% da população mundial já foi contaminada pelo vírus da Hepatite B. No Brasil, essa população é representada em 15%.
A hepatite é uma doença grave. O vírus que a causa (VHB) é um vírus DNA, transmitido por sangue (transfusões, agulhas contaminadas, relação sexual, após o parto, instrumentos cirúrgicos ou odontológicos, etc.) Após a infecção, o vírus concentra-se quase que totalmente nas células do fígado, aonde seu DNA fará o hepatócito construir novos vírus.
A primeira dose da vacina contra a Hepatite B deve ser tomada ainda na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recém nascido. O esquema básico se constitui de três doses com intervalo de 30 dias, da primeira para a segunda dose e 180 dias da primeira para a terceira dose.
Os adolescentes que já receberam as três dosagens devem tomar uma nova dose para reforço, que acontece a cada 10 anos. Em caso de ferimentos graves ou gravidez, essa dose deve ser antecipada para cinco anos após a primeira. O intervalo mínimo das doses é de 30 dias.
A coordenadora estadual de imunização, Raimunda Damasceno, destaca ainda a importância do cartão de vacinação no momento da dosagem. “Existe uma grande preocupação nossa com a apresentação do cartão de vacina. Poucas pessoas preservam esses cartões, então isso dificulta bastante o controle das dosagens, por isso a gente está sempre orientando-as para a importância do cartão de vacinação como para qualquer outro documento de identificação”, afirma.
Mais informações:
Coordenação Estadual de Imunização
Raimunda Damasceno
9991 2609