A prática de aleitamento materno melhorou substancialmente nos últimos anos no Estado do Piauí. Foi o que demonstrou uma pesquisa pioneira realizada pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) realizada há um ano, durante a segunda etapa de vacinação, em 45 municípios do Estado. A pesquisa, que foi totalizada mês passado, contou com uma amostra representativa de 1.963 crianças e foi discutida hoje (quarta-feira, dia 1º de agosto), no Dia Mundial de Aleitamento Materno.
A data, que está sendo comemorada em todos os municípios, contou ainda com uma série de palestras realizadas pela Secretaria, com o objetivo de divulgar os benefícios do aleitamento materno, especialmente na primeira meia hora de vida do bebê. “A semana tem uma importância muito grande porque acontece no mundo todo desde 1992. É uma oportunidade de durante uma semana inteira os municípios, Estados, entidades, profissionais de saúde e a sociedade em geral estarem falando do tema e com isso melhorar a prática do aleitamento materno total e exclusivo entre as mulheres”, destaca Carmem Viana, coordenadora de Saúde da Criança e do Adolescente da Sesapi.
Ela explica que a pesquisa contou com um universo representativo e apesar do seu pioneirismo, ela demonstrou a evolução do quadro do aleitamento materno no Piauí. “Infelizmente não tínhamos dados anteriores para poder fazer um comparativo, então comparamos os nossos dados com os de uma pesquisa de 1999, realizada apenas na cidade de Teresina. O mais importante é que podemos comprovar que nossos índices de aleitamento melhoraram em torno de 17%”, diz a coordenadora.
Outro dado significativo demonstrado pela pesquisa foi de que, na idade de quatro meses, a prevalência de aleitamento materno exclusivo saiu de 42% para 52%. Por outro lado, no que se refere ao aleitamento materno total, a pesquisa demonstrou que até os 12 meses de idade, mais de 70% das crianças piauienses, permanecem recebendo leite materno.
Além de dados absolutos, a pesquisa anda estudou fatores que se associam ao aleitamento materno. “Em relação às condições sócio-econômicas das mulheres, nós percebemos que a escolaridade influi no aleitamento. Se a mulher é de uma classe econômica mais baixa ela amamenta mais tempo. Também podemos comprovar a importância da amamentação na primeira hora de vida e o perigo do uso de chupeta e mamadeira que interfere diminuindo o aleitamento materno”, argumenta Carmem.
Nesse ano, o Ministério da Saúde está chamando atenção para a importância da amamentação logo após o início do nascimento do bebê. “As pesquisas têm mostrado que a amamentação logo nesse primeiro momento fortalece o vínculo entre a mãe e o filho, faz com que a descida de leite seja mais rápida e a criança recebe o colostro. Na pesquisa também constatamos que as mães que amamentaram nesse primeiro momento, amamentam por mais tempo de forma exclusiva até os seis meses e também de forma total”, destaca a coordenadora.
Benefícios
O aleitamento materno traz benefícios tanto para a mãe quanto para a criança. Para a mãe, são reduzidas as chances de câncer de mama e de útero, de hemorragias que podem acontece logo após o parto, além da chance de uma nova gravidez.
Para a criança os benefícios são ainda maiores já que o leite materno é, sem dúvida, o melhor alimento para a criança. Ele tem substituto até os seis meses de vida, pois possui todas as vitaminas, proteínas, sais minerais, açúcares e gordura que a criança precisa para se desenvolver. Além disso, o leite materno tem o que nenhum outro alimento tem, que é a proteção contra doenças, funcionando como vacina. A criança quando mama ela se alimenta e está se protegendo de adoecer.
Mais informações:
Carmem Viana – 32163567 ou 99865410