Será encerrada amanhã, terça-feira, a Semana Mundial do Aleitamento Materno. Em todo o Brasil, o Ministério da Saúde lançou a campanha "Amamentação na primeira hora, proteção sem demora", que tem como objetivo informar sobre a importância da amamentação na primeira hora de vida tanto para a mãe quanto para o bebê.
No Piauí, a Secretaria Estadual de Saúde realizou palestras e campanhas dentro dos hospitais para estimular a prática do aleitamento e chamar atenção de toda a sociedade para a importância desse ato, que não só aumenta o vínculo da mãe com o bebê, como também previne uma série de doenças em ambos.
Apesar da campanha se intensificar nessa semana, durante todo ano o Piauí trabalha no sentido de informar e estimular as mães a amamentarem seus filhos desde a primeira hora. Para isso, o estado possui uma extensa rede de proteção ao aleitamento. “Na cidade de Teresina temos consultórios de aleitamento materno em todos os hospitais. Na maternidade Dona Evangelina Rosa e nas quatro maternidades do município possuímos equipes especializadas para orientar e dar todo apoio para as mães”, explica Carmem Viana, coordenadora de Saúde da Criança e do Adolescente, da Secretaria Estadual de Saúde.
Ela ressalta que nos municípios, os maiores divulgadores dos benefícios do aleitamento são os agentes do Programa Saúde da Família. “As equipes do PSF são preparadas para atender as mães e estão prontas para auxiliar e tirar as dúvidas sobre o aleitamento. O importante é que se a mulher tiver dificuldade para amamentar - se ela não conseguir, achar que o leite é insuficiente - ela deve procurar um centro de saúde e não simplesmente trocar de alimento. Os profissionais estão capacitados e poderão ajudar a mulher a tomar a decisão mais adequada”, ressalta Carmem.
A coordenadora ainda chama atenção para a importância da doação de leite pelas mulheres que estão amamentando exclusivamente. “Se existe um excesso de leite, em que a criança mama e ainda sobra, pedimos que elas possam doar esse leite para a Maternidade Dona Evangelina Rosa, onde os estoques de leite caíram bastante. É importante que as pessoas saibam que esse leite doado vai para um recém-nascido em situação de risco. Esse leite salva vidas”, argumenta a coordenadora.
As mães que quiserem doar o leite é muito fácil. Basta ligar para o telefone 3228-2022, que a equipe da Maternidade vai pegar o leite na sua residência.
Malefícios
O uso de bicos de borracha pode acarretar diversos prejuízos para a saúde durante a infância e também na fase adulta. A sucção da chupeta, por exemplo, pode causar desde perda de peso até problemas de desenvolvimento da face, já que quando o bebê chupa chupeta, pode ter a sensação de que está com a barriga cheia devido à produção de maior quantidade de saliva.
A chupeta também pode causar problemas para o desenvolvimento da face, boca, dentes e língua, pois o bico faz com que a língua fique numa posição errada, no assoalho da boca, e se exercite de forma incorreta. A conseqüência é a hipotonia, que são músculos flácidos, moles e com pouca força.
Já no caso da mamadeira, existem vários outros possíveis danos a saúde. O bebê engole mais ar e pode ter cólicas e gases, por causa do vedamento incorreto dos lábios no bico da mamadeira. Também tem mais possibilidades de contrair infecções devido a problemas de esterilização da mamadeira, que muitas vezes não é adequada para a eliminação de germes e bactérias.
É por acarretar esses malefícios e para estimular a prática saudável do aleitamento materno que as propagandas comerciais e publicitárias de bicos, chupetas e mamadeiras estão proibidas desde 2002, por meio da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 222 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esse impedimento foi reafirmado pela Lei 11.265/2006.
A Lei determina que, a partir de julho deste ano, fabricantes, importadores e distribuidores de bicos, chupetas e mamadeiras se adequem a algumas regras de rotulagem, como a proibição de uso de imagens de crianças ou ilustrações humanizadas, utilização de frases que provoquem dúvidas quanto à capacidade de amamentação materna e uso de expressões que identifiquem o produto como apropriado para o uso infantil.
A legislação também estabelece que os rótulos desses produtos deverão exibir a mensagem: "O Ministério da Saúde adverte: A criança que mama no peito não necessita de mamadeira, bico ou chupeta. O uso de mamadeira, bico ou chupeta prejudica o aleitamento materno”.
Com informações da Assessoria de Imprensa da ANVISA