Hoje, 10, a Praça Pedro II, teve uma manhã diferente. Os que passaram por lá puderam conhecer um pouco mais sobre as atividades que são desenvolvidas pelo Hospital Areolino de Abreu, referência no Piauí para o tratamento de pacientes com transtornos mentais. “Este evento é uma declaração de amor ao Hospital Areolino de Abreu nesta data em que comemoramos o Dia Mundial da Saúde Mental”, afirmou a diretora do Hospital, Márcia Astrês.
Segundo a diretora essa é uma oportunidade de aproximar o Hospital da comunidade. “Aqui nós tratamos desde uma simples insônia até enfermidades mais graves, como a esquizofrenia. E uma grande parcela da população não tem acesso a essas informações, o que os impedem de procurar o tratamento adequado”, explica a diretora.
Para o secretário Assis Carvalho, é muito importante que a sociedade conheça as novas concepções de saúde mental. “Esse modelo moderno que prega o tratamento humanizado e que criou as residências terapêuticas e os Centros de Apoio Psicossoiais, precisa ser divulgado. È importante que as pessoas vejam que dentro de um hospital como o Areolino de Abreu também se produz coisas boas, como arte”, disse.
A professora de arte e especialista em arte-terapia, Mary Silva, conta que a arte é muito eficaz no tratamento. “Ela proporciona o desenvolvimento terapêutico do paciente, é uma forma de mostrar os sentimentos e de se comunicar com o mundo externo”, explica a arte-educadora. Ela levou diversos desenhos produzidos nas oficinas de arte oferecidas ao pacientes do Hospital Areolino de Abreu.
O Hospital Areolino de Abreu atende entre cinco e seis mil pacientes por mês. A política de saúde mental sofreu grandes transformações nos últimos anos, adotando novas de forma de tratamento mais humanizado. “Não existe cura completa para pacientes com transtornos mentais, existem sim, formas de tratamento que ajudam o paciente a se restabelecer e levar uma vida normal dentro das suas limitações. O que a nova política aponta é um tratamento mais humanizado, onde não se trata a doença ou os sintomas, mas sim o paciente”, esclarece Márcia Astrês.
No tratamento de pacientes com transtornos mentais são utilizados hoje uma série de terapias complementares que ajudam na reabilitação do paciente e na sua inserção na sociedade, a exemplo da terapia ocupacional e psicossocial, além do tratamento psicofármaco.
No evento foram oferecidos vários serviços como testes de memória, criatividade, depressão, estresse, aferição de pressão, cadastro para o cartão SUS, entre outros. Alunos de várias faculdades, públicas e particulares, também participaram do evento que levou para a Praça Pedro II diversas peças de arte (quadros, gravuras, bolsas, vasos, chaveiros, etc) produzidas pelos pacientes.