“Nasci em uma família de cinco irmãos, onde dois morreram antes de completar um ano de vida, um índice de mortalidade de 40%. No Povoado Banco de Areia onde fui criado, o médico só vinha uma vez por ano. Dentista não tinha. A gente extraía os dentes que estavam doendo com linha zero”. Contando fatos de sua própria vida, o governador Wellington Dias falou para uma platéia de mais de 600 delegados, convidados e observadores da 5ª Conferência Estadual e Saúde sobre a evolução da saúde pública no Piauí a partir da implantação do SUS.
O governador relembrou a realidade de milhões de piauienses que, como ele, nasceram numa época em que o SUS não existia. Apesar de todos os problemas que tem, o SUS é o mais completo plano de saúde, estendendo-se a todos, acabando com a indigência. Ele destacou as ações de governo que vão além do atendimento médico e têm contribuído para melhorar a qualidade de vida dos piauienses, como acesso à água tratada, moradia diga e outras ações de saneamento que previnem doenças.
A Conferência foi aberta no dia 12, no Atlantic City Club, em Teresina, pelo governador e o secretário de estado da Saúde, Assis Carvalho. O evento reúne cerca de mil pessoas dos 223 estados piauienses em torno do tema Saúde e Qualidade de Vida: políticas de Estado Desenvolvimento e vai até domingo. Estão participando também representantes do Ministério da Saúde e conselhos nacionais de saúde de secretários municipais e estaduais da área.
O coordenador da Conferência, Teófilo Cavalcante, defendeu a CPMF e a regulamentação da Emenda 29 referente aos investimentos governamentais na área de saúde. A relação entre as ações preventivas de saúde e qualidade de vida, Cartão SUS, descentralização da rede hospitalar foram tópicos do discurso do secretário.
A Conferência vai discutir os problemas da saúde e definir diretrizes para nortear os planejamentos na área, visando melhorias no sistema.