O Dia Mundial da Alimentação, comemorado nesta terça-feira (dia 16 de outubro) é um momento em que o mundo volta sua atenção para a insegurança alimentar que afeta cerca de 800 milhões de pessoas, de acordo com a Associação Brasileira de Direito Humano a Alimentação Adequada.
No Piauí, os órgãos que compõem o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional estão realizando desde segunda (dia 15) até a próxima quinta-feira (dia 18) a Semana Mundial da Alimentação, sob a perspectiva de que “A Alimentação Adequada é um Direito em Construção”.
Nesse sentido, a Secretaria Estadual de Saúde, através do Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador vai realizar amanhã (quarta-feira), a partir das 14h30, no auditório do Centro, a Oficina “O Trabalhador e o Direito Humano à Alimentação Adequada – Estabelecendo Compromissos”. A oficina que é direcionada para trabalhadores representantes dos sindicatos piauienses, pretende sensibilizar sobre a garantia de uma alimentação adequada no ambiente do trabalho.
A nutricionista do Cerest, Edna Lima, explica que é preciso garantir o engajamento dos trabalhadores para a defesa do seu direito. “Consideramos que existe insegurança alimentar quando alguém para se alimentar precisa suprimir algum outro direito, como o lazer, por exemplo. Por outro lado, é necessário o acesso econômico e a condição nutricional adequada para uma boa alimentação. Por isso é preciso saber escolher. É isso que vamos debater na oficina”, destaca a nutricionista.
Ela ressalta que ainda serão abordadas as doenças decorrentes de uma alimentação não adequada, como a obesidade e a hipertensão. “Um dos nossos objetivos é chamar a atenção dos trabalhadores, através dos sindicatos, que a alimentação saudável também é uma questão de saúde pública”, diz Edna.
Nesse sentido, ela destaca que o Cerest está preparado tanto para orientar como para encaminhar os trabalhadores para avaliação da sua condição nutricional. “Nosso maior objetivo é sensibilizar a todos sobre esse direito tanto a uma alimentação saudável quanto a um ambiente de trabalho salubre e adequado a essa alimentação, além da garantia de uma melhor qualidade nutricional. Por isso, estamos construindo parcerias com os sindicatos para desenvolver esse trabalho, detectando a situação dos trabalhadores e encaminhando para o tratamento, se necessário”, destaca Edna.
Além da discussão com os trabalhadores sobre a situação dos ambientes de trabalho no que se refere à alimentação e a construção do que seria um modelo ideal, a nutricionista ainda vai abordar na prática como uma alimentação pode ser saudável e barata. “Nós estamos levando alimentos típicos da nossa região como macaxeira, milho, batata doce, mamão, melancia. São alimentos disponíveis no nosso mercado e que todos têm acesso. Essa escolha podemos fazer tanto respeitando a nossa regionalidade quanto a condição nutricional desses alimentos”, diz Lima, ressaltando que todos os enfoques da Oficina serão baseados no Programa de Alimentação ao Trabalhador, instituído pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Mais informações: Edna Lima – 3221-1069