O Dia Internacional de Luta Contra a Aids, 1º de dezembro, foi instituído em outubro de 1987 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma data simbólica de conscientização para todos os povos sobre a pandemia de Aids. No Brasil, a data passou a ser festejada a partir de 1988, por decisão do Ministro da Saúde.
Em alusão a data, a Secretaria Estadual da Saúde vai promover no período de 26 de novembro a 04 de dezembro, a Semana de Combate a AIDS.
“Mostre que você tem atitude”, será o slogan da campanha publicitária que vai alertar jovens, mulheres, bem como o público em geral para o uso do preservativo como meio de prevenção.
A programação da campanha vai envolver uma série de atividades, como a realização de oficinas, palestras, mobilizações, seminários, e ainda o lançamento do livro “A AIDS e seus Desnudamentos”, de Solimar Oliveira e Francisco Barros.
O Piauí registrou em 20 anos, de 1986 a 2006, 2.652 casos de aids em pessoas maiores de 13 anos, segundo dados do Boletim Epidemiológico - aids e Transmissão Vertical, lançado em junho deste ano pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesapi). De acordo com o boletim, o primeiro caso da doença no Estado foi notificado em 1987.
Desse número, 1.931 casos foram notificados em pessoas do sexo masculino, o que corresponde a 64,7%. As mulheres representam 27,2% do total. O aumento do número de casos entre mulheres tem preocupado os técnicos da área. “A feminização da Aids é uma realidade mundial e o Piauí não foge a regra. Houve um aumento significativo do número de mulheres contaminadas. No início da epidemia a estimativa era de 18 homens pra cada mulher, hoje, ela é de 1 pra 1. Em alguns Estados, existem certas faixas etárias em que as mulheres já superam os homens”, revela o supervisor de DST/aids, Nelson Muniz.
Dos 223 municípios, 120 apresentaram pelo menos um caso de Aids. Teresina é o município que apresenta o maior número de casos acumulados até novembro de 2006, com 1.020. A incidência da Aids é de 14,5 para cada 100 mil habitantes.
Chama a atenção o município de Oeiras, que apresenta 35 casos acumulados. A incidência variou de 14,7, em 2000, para 17,2 para cada 100 mil, em 2005. Já em São Raimundo Nonato, ocorreu o contrário. Em 2000, a incidência era de 22,3, que passou, em 2004, para apenas 3,5 para cada 100 mil habitantes. Outro que também merece destaque por causa do crescimento vertiginoso nos casos de Aids é Campo Maior, com uma incidência, em 2004, de 16,6 por 100 mil habitantes.
Os números da aids no Brasil
No Brasil, já foram identificados 433 mil casos de Aids. Este número se refere à identificação do primeiro caso de Aids, em 1980, até junho de 2006. A taxa de incidência foi crescente até metade da década de 1990, alcançando, em 1998, 19 casos de Aids por 100 mil habitantes.
Os novos números da Aids no Brasil apontam para uma queda acentuada nos casos de transmissão vertical, quando o HIV é passado da mãe para o filho, durante a gestação, o parto ou a amamentação. A redução foi de 51,5%, entre 1996 (1.091 casos) e 2005 (530 casos). Em 2006, de janeiro a junho, foram notificados 109 casos nessa categoria.