O Pronto Socorro do Hospital Getúlio Vargas (HGV) atendeu 6.392 mil pessoas no mês de novembro desse ano. A maioria dos pacientes continuam sendo as vítimas de acidentes de trânsito, mal súbitos e agressões por armas de fogo e branca.
Houve um aumento no número de agressões físicas, cerca de 160 casos em novembro, quase 100% a mais que em outubro. Os acidentes envolvendo motocicletas registraram 580 casos.
Foram realizadas 402 cirurgias somente de ortopedia em novembro, 100% a mais que nos meses anteriores. Os dados são do Relatório de Atendimento por Motivo/Causa do Serviço de Pronto Socorro do HGV. De acordo com os números, aconteceram 1.417 internações e 483 cirurgias.
O diretor geral do HGV, Noé Fortes, conta que “o problema da demanda ser maior que a capacidade instalada do hospital, faz com que os pacientes, às vezes, fiquem em macas nos corredores. O Serviço de Pronto-Socorro possui 85 leitos fixos e temos 70 macas extras todos os dias, pois recebemos pacientes de outros Estados e municípios do Piauí”.
A maior parte dos pacientes que procuram o HGV são vítimas de traumas como acidentes com motos, cerca de 580 foram atendidos, o equivalente a 9,07% do total de pacientes em novembro. As vítimas de agressões por armas de fogo e brancas somaram 120 atendimentos. Já os pacientes atropelados foram 42 casos.
Noé Fortes acrescenta ainda que o HGV por ser um Hospital de Ensino, tem o dever de alertar a população para o número de acidentes envolvendo carros e motocicletas e para a violência no trânsito. Segundo ele, as vítimas de acidentes de moto, geralmente são pacientes politraumatizados que necessitam de especialistas tanto na área de ortopedia quanto de neurologia. “Atualmente somos excelência em alta complexidade em ortopedia e neurologia, o que explica a alta demanda que recebemos. Temos 14 ortopedistas lotados no Serviço de Pronto-Socorro e continuamos com uma demanda maior que a capacidade de atendimento”, esclareceu.
“Adquirimos equipamentos de última geração para as clínicas de ortopedia e traumatologia. Esses equipamentos garantem um salto de qualidade no atendimento dos pacientes, além de possibilitar cirurgias mais rápidas e seguras. São artroscópios, intensificadores de imagem, mesas de cirurgias, monitores, aparelhos de anestesia que já estão em uso, o que possibilitou a realização de mais cirurgias. Hoje estamos realizando 400 cirurgias ortopédicas, ao invés de 170”, conclui.