Por Sana Moraes
Visando dar mais transparência às contas públicas no que diz respeito à saúde, o Ministério da Saúde vai unificar os Sistema Informações Ambulatoriais (SIA) e o Sistema de Informações Hospitalares (SIH) numa tabela única. Essa medida vai integrar as bases de informações dos sistemas do SUS, criando um sistema unificado de informações de atenção à saúde.
Para explicar o que muda com a nova tabela unificada de procedimentos do SUS, a consultora do Ministério da Saúde, Virgínia Lucas, está em Teresina, no auditório da Fauldade de Ciências Médicas (Facime), ministrando um curso de capacitação para os faturistas de todos os estabelecimentos de saúde que operam com produção dentro do SUS.
Ela falou sobre as mudanças que serão implantadas a partir desse mês com a unificação dos sistemas de informação ambulatorial e hospitalar.
A supervisora do SIH/SUS, Ângela Freitas, explica que antes, com as duas tabelas, existiam procedimentos que variavam de preço de acordo com o local onde eram realizados. “Por exemplo, um procedimento simples como uma sultura, tinha preços diferenciados no SIH e no SIA. A unificação dos sistemas vai facilitar a identificação e o registro de informações e aumentar a confiabilidade dos estabelecimentos”, disse.
Para o Diretor da Unidade de Controle, Avaliação, Regulação e Auditoria da Secretaria da Saúde, José Maria Macedo, essa medida vai dar mais transparência ao processo. “As informações fornecidas ao SUS através desse sistema vão facilitar a fiscalização por parte da nossa diretoria e do Ministério, além de otimizar a utilização dos recursos públicos”, explica.
Uma das grandes inovações desse novo sistema de informações vai ser a identificação dos indivíduos que são atendidos pelo SUS nas unidades credenciadas. “Essas mudanças vão ajudar a prevenir fraudes”, afirmou o secretário de Saúde, Assis Carvalho. Ele comentou ainda sobre o Cartão Nacional de Saúde (CNS), considerado uma das grandes conquistas para o sistema de saúde pelo secretário. “Quando estiver implantado, o cartão vai ser uma das saídas para melhorar a saúde no Estado, já que vai permitir a compensação dos gastos que fazemos com pacientes de outros estados”, encerra.