Hoje, 28, é um dia memorável em razão aos 135 anos da descoberta do Mycobacterium Leprae, o micróbio causador da hanseníase, que também é conhecida como lepra.
A doença é endêmica em certos países tropicais, mais precisamente na Ásia. O Brasil ainda continua com um número alto de casos novos da doença, e por isso está entre os países de alta endemicidade de hanseníase no mundo. O país tem uma base de mais ou menos quarenta e sete mil casos por ano.
O Piauí tem hoje uma prevalência considerada baixa, em torno de 4 a 5 por dez mil habitantes. A Organização Mundial de Saúde considera a hanseníase controlada quando se tem menos de um caso para dez mil habitantes.
O voluntário do Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase – Morhan, Paulo Roberto Pereira Pinto, divulgou hoje, 28, um texto sobre a descoberta da doença e aproveitou para fazer um alerta. “Este dia deve ser lembrado como o dia de todos que desejam o fim da hanseníase e suas conseqüências. Concretamente, que esta data passe a significar a busca incessante pela descoberta de novas e melhores formas de tratamento e prevenção; que passe a fazer parte do calendário da militância engajada ou carismática como o dia de lembrar que é preciso descobrir novas formas de resolver a hanseníase como problema sanitário e social, ou seja, que a celebração do dia 28 de fevereiro sirva para a redescoberta da hanseníase todos os anos. Precisamos pesquisar e redescobrir esse bacilo e seus efeitos sociais, quantas vezes forem necessárias, até extirparmos de todos os corpos e mentes o dano causado por séculos de desconhecimento da sua existência”.