O diretor do Hospital Getúlio Vargas, Noé Fortes, disse na última sexta-feira, 14, durante reunião com servidores do Serviço de Pronto-Socorro que nenhum funcionário será prejudicado com a transferência da urgência e emergência para o município. Segundo ele, o objetivo do encontro foi ouvir os funcionários para juntos construírem uma proposta para que nenhuma das partes sejam prejudicadas. Estavam presentes na reunião o diretor da Unidade de Descentralização Hospitalar da Secretaria Estadual da Saúde, Telmo Mesquita, que estava representando o secretário de Saúde, Assis Carvalho e o diretor técnico do Pronto Socorro Municipal, Gilberto Albuquerque.
Noé Fortes disse que a intenção é formalizar uma solução que seja conveniente para todos. “Não existe uma definição ainda, pretendemos construir uma proposta com a participação dos funcionários. O Governo Wellington Dias não tem intenção de penalizar ninguém”, esclareceu. O representante da Secretaria Estadual da Saúde, Telmo Mesquita afirmou que o Governo vai estudar caso a caso para que os funcionários não sejam prejudicados.
Na ocasião, a representante do Conselho Municipal de Saúde, Diana Simpaúba, sugeriu a formação de uma comissão para avaliar o problema e propor uma solução viável para que os servidores não sejam prejudicados.
O Pronto-Socorro do HGV possui 520 funcionários e com a transferência do serviço de urgência e emergência, a maioria está apta a trabalhar no Pronto-Socorro Municipal. “No Pronto-Socorro Municipal precisamos de 1.792 funcionários e, com certeza, necessitaremos dos experientes funcionários do HGV”, esclareceu Gilberto Albuquerque, diretor técnico do Pronto-Socorro Municipal.
Com a transferência, o HGV vai atender somente os casos de alta complexidade, a exemplo das cirurgias ortopédicas e onde funciona hoje o PS será implantado o serviço de apoio ao diagnóstico nas áreas de hemodinâmica, neurologia, cardiologia e vascular. Noé Fortes explicou que a Unidade de Tratamento Intensivo do SPS possui seis leitos, com as mudanças, passará para oito leitos. “O Hospital ganha espaço físico e teremos estrutura para implantar um serviço de hemodinâmica, além de equipamentos para auxiliar no diagnóstico nas áreas de neurologia, cardiologia e vascular e também leitos para os pacientes que necessitam de cirurgia buco-maxilo-facial”, esclareceu.
Essa medida vai possibilitar uma melhora significativa no atendimento ao usuário do Hospital Getúlio Vargas, explica Noé Fortes. Segundo ele, o Serviço de Pronto-Socorro do HGV está com sua capacidade além do limite já há muito tempo, com apenas 95 leitos, distribuídos entre UTI, salas de emergência, enfermarias e corredores, existem 11 macas fixas nos corredores e mais 60 móveis, os 520 funcionários trabalham além da capacidade.