Humanização na medicina é uma “atitude” essencial onde há respeito, confiança, fraternidade, união de ambas as partes. Dentro dessa temática foi aberta hoje, 24, às 8h, a I Oficina de Sensibilização do Grupo de Trabalho de Humanização do Hospital Areolino de Abreu.
Com a presença da consultora do Ministério da Saúde, Annatália Gomes, o Hospital vai promover três dias de oficina para os servidores do Areolino de Abreu no intuito de melhorar a relação com o pacientes.
A criação dos grupos de trabalho já está sendo feita nos cinco hospitais de referência do Estado (HGV, Maternidade Evangelina Rosa, Areolino de Abreu, Hospital de Doenças Tropicais Natan Portella, Hospital Infantil), além do Hemopi. Essa é apenas uma das ações propostas no Plano Estadual de Humanização. Ainda será reproduzida e distribuída em toda a rede a cartilha dos Direitos dos Pacientes do SUS, realizado o II Seminário Estadual de Humanização, além das oficinas de acolhimento e sensibilização em todas as unidades de saúde do Estado. Além disso, em parceria com a Funasa e a Casa de Saúde Indígena, a Secretaria vai trabalhar o componente da saúde indígena.
Entre os principais objetivos da Política está a qualificação, não só da prestação de serviços de saúde em todos os níveis, como também da gestão do sistema. As ações não ficarão restritas a cordialidade de tratamento com o usuário. Ela envolve uma série de outros aspectos, como o cuidado com o cuidador, que são os colaboradores da saúde, até um maior investimento nas condições de trabalho.
No Hospital Areolino de Abreu, onde os pacientes encontram-se ainda mais fragilizados, as terapias ocupacionais são importantes instrumentos de humanização do atendimento. Em todo país, o projeto das residências terapêuticas tem como objetivo quebrar paradigmas. Um deles é levar o tratamento para fora do Hospital, adequando-o a vida cotidiana e preparando o paciente para viver em sociedade. Outro e talvez o mais importante é a luta contra o preconceito, que afasta os pacientes do convívio familiar e social, uma vez que muitos deles, recebendo o tratamento adequado, poderiam retornar às suas casas e levar uma vida relativamente normal.
Para o secretário Assis Carvalho, a família é um ponto importante, principalmente quando se trata do atendimento aos pacientes do Hospital Areolino de Abreu. “É fundamental a participação da família no tratamento desse paciente, para que ele volte a ter qualidade de vida”. Ele também falou das Residências Terapêuticas e do Programa De volta para Casa. “Esses dois programas permitem a ressocialização e dão uma nova dimensão ao paciente com distúrbios mentais que tem condições de voltar a ter uma vida digna”, disse.
A diretora do Hospital Areolino de Abreu explicou que várias ações já foram implementadas no cotidiano, no intuito de acolher melhor o familiar esclarecendo - o e assim, ajudando a aceitar melhor essa questão e orientando como tratar e abordar o paciente. “Essa é uma Iniciativa valiosa da secretaria de estar incentivando que todas as unidades melhorem esse acolhimento ao paciente e o nosso caso também aos familiares. Temos procurado fazer com que os servidores também incorporem essa atitude de olhar diferente essas pessoas que ao longo dos anos foram vistas a margem da sociedade”, encerra a diretora.
Por Paula Danielle e Sana Moraes