Os secretários de Saúde de todo país se reuniram nesta quinta-feira na cidade do Rio de Janeiro para discutir a questão da dengue no Estado. Na ocasião, o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde firmaram compromisso de ajuda mútua com todas as esferas de Governo para combater o mosquito e controlar a epidemia que assusta o Estado do Rio de Janeiro.
Para o secretário Assis Carvalho, a situação vivida naquele Estado é um alerta para todo o país, que deve ficar atento. “O Rio de Janeiro está passando por um estado de calamidade que deve servir de alerta também para os piauienses. Se conseguimos diminuir drasticamente o numero de casos na 13ª semana, já que em 2007, nesse período tínhamos 3330 casos registrados e esse ano, no mesmo período chegamos a 878 casos, ainda temos muito que fazer. Cada um precisa se preocupar com sua casa, com o seu vizinho, rua e bairro. A dengue é de difícil controle e sem a participação de todos não vamos conseguir sucesso”, alerta Assis Carvalho.
Ele garante que os técnicos da Secretaria Estadual de Saúde do Piauí estão preparados para acompanhar os municípios. “Nós capacitamos mais de 6300 agentes de saúde. Ao contrário do Rio de Janeiro, que em o menor índice de PSF dopais, o Piauí tem mais de 90% do seu território coberto pelo programa. Desde agosto estamos trabalhando de forma preventiva, mas com as chuvas é preciso que todos fiquem atentos e façam sua parte”, disse o secretário.
De acordo com a nota divulgada pelo Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde a dengue “É a virose urbana mais difundida no mundo e sua disseminação, no Brasil, foi facilitada por diversos fatores, dentre os quais podemos destacar a urbanização desordenada, saneamento deficiente, aumento da produção de descartáveis, coleta e destinação inadequada de lixo”.
Ainda segundo a nota, a resposta de enfrentamento desta e de outras enfermidades, de forma cada vez mais integrada e resolutiva, mobilizada por todos os gestores do SUS, tem que ir além do âmbito governamental. “O enfrentamento da dengue extrapola a área de atuação e governabilidade específica da saúde e deve ser feito de forma permanente com o envolvimento dos diversos setores da administração pública e da sociedade civil. É preciso que toda a sociedade se envolva, fazendo a sua parte na eliminação dos focos do mosquito transmissor da doença. Nesse aspecto as ações dos meios de comunicação são vitais para conscientizar e gerar mudanças no comportamento cotidiano das pessoas”.
Por Paula Danielle